As manhãs dos fins- de-semana costumam ser boas. Muito boas. Somos os do costume, é certo, mas em dias com tempo, libertos da escravatura do relógio, seguimos pelo paredão concentrados no ritmo, inspirando aromas de algas e mares. Desfrutamos dos raios de sol que nos secam a pele, escutamos a música do ipod - cantigas secretas que ninguém imagina que seleccionamos - soletramos baixinho e com o pensamento escrevemos frases longas; ininterruptas, sem pontuação.
Fazemos genuínas promessas de vida e resolvemos ser felizes e sorrir sempre até ao fim dos nossos dias.
E é por fim, na consciência dos curtos instantes de felicidade tola, que tomamos conhecimento de que a vida é demasiado breve.