Opinião do Leitor

A Lógica leva-te de A a B. A Imaginação leva-te a qualquer lugar.”






O prólogo da obra de Ana Kandsmar abre com esta frase de Albert Einstein. Não há outra que defina melhor este livro. Da primeira à última página, a autora leva-nos a viajar por um mundo que – pensamos nós – só pode ter lugar na ficção. Ao leitor poderá ocorrer que existe aqui um objectivo subliminar de propor ou propagar uma forma nova de olhar para os primórdios da nossa existência. Somos aqui sistematicamente impelidos a pensar sobre quem somos, de onde vimos e para onde vamos... se alguém nos protege, se quem o faz é Deus e, se sim, quem é ele. Contudo, servirá este romance para o levar a fazer mais perguntas. Outras perguntas. Quiçá, perguntas diferentes daquelas que já está habituado a fazer. E por isso, só por isso, já vale a pena mergulhar nestas páginas. Porque elas nos obrigam a reflectir sobre múltiplas possibilidades, a considerar que tudo é realmente possível, e que tudo o que sabemos sobre o alvor da civilização não preenche afinal, o espaço que ocupa um átomo. É isto que se faz, quando se lê este livro. Primeiro sonha-se. Depois... questiona-se.”


Luís Miguel Rocha, Escritor








Desengane-se quem pensa que "A Guardiã", o primeiro livro de Ana Cristina Pinto, é um livro difícil de entender.



Tratando de temas tão complexos como a teoria das cordas, os multiversos ou a existência de anjos e arcanjos, a escrita da autora é bastante elucidativa, explicando ao mesmo tempo em que ensina e entretém, sem nunca nos forçar a acreditar. Cabe a cada um tirar as suas próprias conclusões.

Mas não sem antes ver levantadas várias questões pertinentes. De onde vem a Humanidade? Como começou? Quem somos? O que nos rege, afinal?

E é seguindo a estória de Luana, uma arqueóloga que se apaixona por um arcanjo celestial, que vamos procurar respostas a essas questões, numa aventura que nos leva a Óbidos, Lisboa, à Jordânia... e não só. 

Inserindo-se de imediato no género fantástico, com um toque de romance, este é um livro fenomenal e obrigatório para os amantes do género.
Termino dizendo o seguinte: 
Se o mundo literário em Portugal fosse justo, este livro estaria no TOP de vendas ao lado dos best sellers de José Rodrigues dos Santos e Luís Miguel Rocha.
Mas ainda é apenas o primeiro livro de Ana Kandsmar e, espero eu, ainda havemos de a ver lá chegar. Continuando a escrever assim, será um trunfo mais do que merecido.

Filipe Vieira Branco- Escritor







(...) Pois bem, este livro apaixona-nos sempre um bocadinho mais ao longo de toda a história e enquanto a vamos percorrendo. 

A Ana consegue envolver-nos num misto de real e fantástico. Consegue dar-nos uma perspectiva quase histórica e cientifica de uma realidade que para a maioria de nós é desconhecida. Consegue, com toda a pesquisa que efectuou, com o tempo - confidenciou-me que demorou dois anos e meio a escrever o livro e a conseguir transpor para o leitor toda a informação que pretendia - conseguiu embrenhar-nos numa série de conhecimentos espirituais, correntes cientificas e fazer-nos aprender uma série de factos que, se assim não fosse, muitos de nós continuaríamos a desconhecer. Consegue com toda a sua história - e esta é para mim a melhor parte - fazer-nos pensar que uma série de conceitos que temos como aceites e definidos, podem não ser verdadeiros. Faz-nos colocar em causa convicções que temos dado como certas ao longo da vida, verdades que temos como adquiridas. Leva-nos a um mundo espiritual, sem nos querer convencer de novas teorias esotéricas. Mostra-nos a espiritualidade que temos nos nossos dias, aflora-nos a ciência e mistura-a com o amor que temos dentro de nós. Faz-nos ver o amor com outro pensar. Faz-nos questionar o nosso eu e o porquê de tantos conceitos que temos, e até que ponto aquilo em que sempre acreditámos é o correcto. Traz-nos uma história íntima de uma mulher real e do nosso tempo, envolvida no misticismo do amor profundo e longínquo de outras eras, permitindo que façamos essa viagem intemporal ao seu lado.



Transporta-nos para outro plano da imaginação. Faz-nos viajar entre uma história de amor real e uma viagem ao desconhecido. Deixa-nos a pensar que o amor não é, de todo, um acaso. Que aquele alguém a que nos sentimos efectivamente ligados não o é só por acaso. Que quando amamos - e o amor não se explica, sente-se - existe algo de maior por trás, algo que não sabemos e apenas sentimos. Algo que, apesar de não conhecermos, reconhecemos. Algo que se nos apresenta como novo, mas que quase parece conhecermos de cor. O amor, que nos chega de repente ou que vai entrando aos poucos, mas que já tínhamos dentro de nós. Amores que nos fazem levantar o "véu do esquecimento", mesmo que tentemos mantê-lo e nele não acreditar. Porque há amores que não são daqui. Que são de um outro qualquer sítio, tempo ou espaço. E são esses por que vale a pena lutar. 

Quando pensamos que não será um livro fácil de ler, por todos os conceitos que tem associados, somos invadidos por uma vontade de seguir até ao fim, de querer saber o fim do triângulo amoroso desta história, de acompanhar a demanda de Luana, a protagonista, em busca do seu próprio eu. De ver a desconstrução de dogmas e certezas. De acompanhar a abertura da mente e a aceitação a novas verdades. 

É um livro onde nos embrenhamos em romance, sexo, suspense e aventura e que nos faz viajar por lugares aqui tão perto como Lisboa ou Óbidos, ou que nos leva para as distantes Petra ou Budapeste.
A Ana traz-nos uma escrita intensa, sonhadora e espiritual. Mas que queremos tornar real. Faz com que queiramos que a nossa história se encaixe num plano superior. Faz com que tenhamos a certeza que o nosso amor não é daqui, que é de um outro plano ali mais acima.

É um livro que nos faz questionar, emocionar, sonhar. Faz-nos querer um amor assim.
Este é o primeiro livro publicado da Ana Kandsmar. Não tenho quaisquer dúvidas que outros se seguirão e que vamos continuar a ouvir falar dela.
Boa sorte, Ana. Este é o teu caminho. (...)

Rita Leston- Escritora











Ainda atordoado pelo recente desencarne da tua estória, com a vibração dos superprotagonistas ainda a formigar-me nos dedos, venho agradecer-te esta tua partilha. É mais do que fantástico o que esta tarde terminei de ler – é um romance híbrido. De contrário, talvez não o tivesse terminado. Mas é mais do que um romance. Porque não é nem ficção nem realidade – é possibilidade. O teu livro é uma estória da possível História deste tempo e de todos os tempos. Mas, acima de tudo, uma desconstrução fantástica do que nos impingiram por verdade irrefutável, que tu ousaste desafiar, sagazmente sustentada. A realidade conhecida revela-se-nos multidimensional neste teu filme de letras, tal como a tua escrita, que parece deambular, com a fluidez etérea, entre as várias dimensões paralelas que propões à nossa capacidade de entender e de acreditar. E quem não aceita o desafio que lanças, por certo ficará do lado de lá do véu… Já eu, e embora suspeito, estou certo de que não esquecerei a experiência do teu livro. Pelo menos da dimensão consciente em que te escrevo. Obrigado, Ana!



Bruno Kalil Fialho- Jornalista











Dificilmente passará pela cabeça de alguém que num livro aparentemente algo profético e com contornos bíblicos, contenha romance, sexo, suspense e aventura. Mas afinal, os deuses devem estar loucos e quem sabe se a autora não se conectou também com os planos superiores que evoca, ao tomar consciência total da sua espiritualidade. É a única justificação para o profundo conhecimento que revela sobre as matérias técnicas e dados históricos abordados, e ao mesmo tempo para tamanha imaginação, o que nos leva a questionar se Ana Kandsmar não será uma espécie de guardiã, como a personagem retratada no seu livro. Não é esse o papel do escritor, transportar-nos para outros mundos, em que a ficção se confunde com a realidade?”

Francisco Gomes, Jornalista