Wednesday 18 November 2009

Romeu & Julieta





Revi hoje o filme “Romeu e Julieta” e dei comigo a pensar que todos os amores que ficam para a eternidade na verdade não viveram. Acabaram antes do tempo, de forma dramática ou não, mas a verdade é que não viveram o suficiente para....morrer.



Porque é que o Romeu e a Julieta são ícones do amor?
São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, e instalaram-se no mundo como um casal modelo dos amores eternos?
Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades a que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora.
Se assim não fosse provavelmente o Romeu estaria hoje com a “Miquelina” e a Julieta com o “Xico”.
Senão...vejamos:
O Romeu nunca traiu a Julieta depois de se ter roçado numa loira escultural numa qualquer discoteca.
A Julieta nunca ficou 5 horas seguidas à espera do Romeu... enquanto lhe ligava incessantemente para o telemóvel que estava sempre desligado.
O Romeu nunca disse à Julieta que a amava, que ela era especial e depois desapareceu em seguida para paradeiro incerto.
A Julieta não teve a oportunidade de mostrar ao Romeu o quanto ficava insuportável por causa do período.
O Romeu não saía à sexta-feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6 horas da manhã já bêbado.
A Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite.
O Romeu não disse à Julieta que precisava de um tempo, quando na verdade queria era curtir a vida, ou que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém.
A Julieta não tinha um ex-namorado em quem pensava sempre que a “coisa” corria mal com o Romeu, deixando-o com a pulga atrás da orelha.
O Romeu nunca deixou de mandar flores para a Julieta no Dia dos Namorados com a desculpa de estar sem dinheiro( ou pior, sem dar desculpa nenhuma).
A Julieta nunca apanhou uma bebedeira fenomenal e num momento de descontrole gritou com o Romeu no meio de um bar cheio de gente.
A Julieta nunca teve uma crise de ciúmes por achar que o Romeu “se estava a fazer” a uma amiga dela.
O Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta.
A Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça quando o Romeu queria sexo.
O Romeu nunca chegou para ir buscar a Julieta e ficou horas à espera enquanto ela se “arranjava”.
Por essas e por outras é que o Romeu e a Julieta já morreram e o amor deles continua vivo.
Ah pois é!

Friday 21 August 2009

E os meus Óscares vão para:


TUDO SOBRE A MINHA MÃE





Pedro Almodóvar tem um dom raro. Ele consegue transformar histórias bizarras em obras de arte únicas de sensibilidade extrema. Tais histórias, em mãos erradas, poderiam se tornar meros melodramas fadados ao fracasso. Em "Tudo Sobre Minha Mãe", o realizador consegue o seu trabalho máximo, com características marcantes de toda a sua filmografia, como por exemplo o seu amor declarado pelas mulheres, o drama íntimo e pessoal de cada personagem trabalhado de maneira única e tudo recheado com as melhores referências cinematográficas possíveis.





Sínopse...

Esteban (Eloy Azorín) é um precoce escritor de dezessete anos que, no seu aniversário, pede como presente à sua mãe, Manuela (Cecilia Roth), para ir a uma apresentação da peça "Um Bonde Chamado Desejo" (no cinema, Uma Rua Chamada Pecado, com Marlon Brando e Janet Leigh). Após a peça, Esteban espera ansiosamente pela saída da estrela Huma Rojo (Marisa Paredes) dos camarins, a fim de lhe pedir um autógrafo. Devido ao temporal, Esteban é atropelado, falecendo logo a seguir no hospital. Sozinha, a sua mãe decide voltar para Barcelona, cidade de onde fugira há alguns anos atrás, para encontrar o pai do menino, que vive como travesti, e dar-lhe a difícil notícia.



E pronto...resta dizer que me fartei de chorar a ver este filme.

Friday 14 August 2009

Até que a morte nos separe...



Ainda não o disse aqui, mas este fim-de-semana fui a uma festa muito especial.
Mais especial (penso eu) que um casamento. Fui a uma renovação de votos. Ora a renovação de votos, é assim qualquer coisa como tirar a Deus toda e qualquer dúvida (caso Ele as tenha) de que vamos mesmo permanecer juntos até que a morte nos separe, tal como prometemos (neste caso há 25 anos atrás). Esta história de renovar os votos do casamento, só é tão especial e importante, porque como sabemos estamos em pleno séc. XXI, época de total emancipação da mulher, apogeu no número de divórcios e queda vertiginosa do amor, que deixou de ser um sentimento e passou a ser mais um mito, uma lenda que como qualquer outra remetemos para os contos de fadas e acreditamos que não existe. - “ olha lá, acho que é mesmo amor que sinto por ele. Será? – “Tas a alucinar? Isso do amor não existe! Ou também acreditas que se te picares num fuso dormes a vida toda? Ah, e já agora esperas que ele te beije para acordares,não?”
Pois no fim-de-semana passado, a minha tia (poucos anos mais velha que eu e que disputou comigo namorados na primária), provou-me o contrário, vestindo-se outra vez de noiva, bela e imaculada e dizendo mais uma vez o SIM ao marido, após 25 anos de turbulência conjugal. 25 anos não são 25 dias e hoje há casamentos que nem os 25 dias aguentam, o que dizer de 25 anos? Se somarmos as brigas, as palavras amargas atiradas bocas fora, as inseguranças sucessivas, os problemas monetários, as chatices carregadas do trabalho para casa, as depressões pós-parto, as dores de cabeça (ou a falta de vontade) que tantas e tantas noites impediram o sexo, o amor roubado ao marido para dar aos filhos, mais a rotina que se instalou, temos um saldo bastante negativo no que toca à tendência para manter um grande amor. E aqui, quer queiramos quer não, o tamanho conta mesmo, porque um amor pequenino já teria morrido há muito e com ele todas as hipóteses de segurar mais uma vez no bouquet e em frente ao padre dizer o “ Sim, quero passar contigo todos os dias que restam da minha vida.”
Lindo não é? Confesso que senti um arrepio imenso a percorrer-me a espinha no momento em que os ouvi dizer isto. Só não sei se devido à emoção do momento, se devido àquela sensação de longevidade ao lado de outra pessoa, coisa que sempre me atormentou embora simultaneamente até o deseje. Mas também pode ter sido por causa da porta da igreja estar aberta. Adiante… A verdade é que casar há 25 anos atrás era um nadinha diferente do que é hoje. As pessoas na época ainda acreditavam realmente no amor. Os homens não eram tão indecisos, se namoravam uma rapariga era porque queriam mesmo casar com ela, caso contrário ficavam-se pelas “curtes”, (sim nesse tempo já haviam curtes) mas também era certo que essas curtes não davam para muito mais que uns beijos e uns amassos dados meio às escuras, longe dos olhares alheios. Daí que namorar poderia ser muito mais rentável. Claro que o namoro implicava ir a casa dela pedi-la ao pai, que é como quem diz, sujeitar-se a uma corrida desenfreada pelas ruas mais próximas, mas pelo menos as probabilidades de chegarem à “queca” eram muito maiores. É óbvio que nem todos os casais de há 25 anos atrás o faziam. Nessa altura não faltavam adeptos da “ virgindade até ao casamento” e recordo-me perfeitamente de algumas das minhas colegas de turma, estarem impedidas pelos pais de fazerem a espargata , para não romperem o hímen. Ora a minha tia, era uma dessas adeptas da virgindade até subir ao altar, o meu tio, idem-idem-aspas-aspas, e assim segundo contam, a primeira noite deles foi mais de lua -de- fel que de lua-de-mel, uma vez que a ignorância (dela principalmente) em relação ao sexo era tanta, que se ele lhe tivesse dito que a penetração era feita pelos olhos, ela teria aceitado sem hesitar, ainda que isso lhe valesse ter ficado zarolha para o resto da vida. E era assim que se imaginava que a mulher conhecesse o sexo. Através da ignorância, da dor e do dever de desfrutar dele. E aqui as complicações não eram poucas, porque a ideia que as mulheres tinham do sexo na altura, não se comparava à ideia que as mulheres têm agora. Como 25 anos apenas podem fazer tanta diferença! Ao contrário desses tempos, o sexo hoje é profusamente associado ao prazer e agora sim, nenhuma mulher corre o risco de ficar zarolha por causa dele (ainda que a penetração seja efectivamente feita pelo olho…ihihih). Entrámos pois na era da libertação sexual. E ironicamente também na era da libertação do amor. Libertámo-lo de tal maneira, que agora, queremo-lo de volta, procuramo-lo quase desesperadamente e não sabemos por onde se esconde.Esta é sem dúvida a grande tragédia dos nossos dias. Esqueçam os atentados terroristas, a bomba atómica da Coreia do Norte, o tsunami na Ásia ou a fome em África. O que nos faz verdadeiramente perder a nossa humanidade é esta incapacidade de nos apaixonarmos, de vertermos o nosso amor uns sobre os outros seja de que forma for. Não me venham cá com tretas...o amor maior não é o dos pais pelos filhos ou o inverso.Esse é um amor titânico sim, pelo qual damos tudo, inclusivé a vida, mas é um amor que não escolhemos, como não escolhemos os nossos filhos ou os nossos pais.É um amor que a vida nos "impõe" e curiosamente o único que é incondicional.Apesar disso não há amor mais sublime e divino que aquele que une um homem e uma mulher. Porque dois seres estranhos que à partida a nada são obrigados, são capazes (ou deviam ser), de nutrir um pelo outro o único sentimento que tem o poder de os fazer jurar permanecerem juntos, apesar de todos os contras, enquanto tiverem ambos um sopro de vida.
Se perder isto não é uma grande tragédia não sei o que será.

Tuesday 11 August 2009

Socorro ! Estou a ser pressionado!



Não sou propriamente uma daquelas mulheres com gato para quem há palavras proibidas. Mas confesso que existe uma que varri do meu vocabulário, não gosto dela, causa-me urticária. Pena. Ora , ao que sei, penas têm as galinhas e galinhas tem o Tony Carreira e como eu não gosto do Tony Carreira e acho as galinhas animais especialmente estúpidos também não gosto de penas. Muito menos da palavra no singular. Tudo isto para dizer que se há coisa que me afasta exponencialmente de qualquer hipótese de manter e/ou alimentar seja que tipo de sentimento for em relação a alguém é descobrir que essa pessoa sente pena do que eu sinto, ou de como me sinto. Pena não, Obrigada! Se calhar escrever sobre o amor é piroso, está tão fora de moda como as músicas do Marco Paulo e faz com que algumas pessoas pensem que quem escreve o amor é coitadinha(o), incompreendida(a), mal amada(o) enfim…dá pena! Pois não tem que dar! Não tem! O amor acontece, vive-se e pode não ser correspondido, pois pode, que se lixe! Faz parte. Não é o fim do mundo, não é propriamente um drama embora cause alguma dor, mas ninguém morre de amor. Morre-se de fome, morre-se por doença, por acidente, NÂO SE MORRE DE AMOR! O amor sim, acaba por morrer não havendo a troca dessa energia. E depois tudo volta ao mesmo. O ciclo repete-se (ou não, dependendo da “sorte” que se tem da próxima vez). A seguir a uma “desilusão” vem outra “ilusão”, a começar com os habituais jogos de sedução, a chamada fase da conquista, a arte de cortejar, que embora o dicionário não defina, é assim qualquer coisa como “ esperarmos feitas parvas” que alguém repare em nós e o demonstre.
A verdade é que nisto do amor, a vida das mulheres com gato é um verdadeiro nó cego e temos mesmo que esperar que nos apareça algum homem com cão disposto a desatá-lo. (espero bem que um homem com cão o consiga, porque já experimentei com um homem com gato e não deu! Bem…não era bem um homem com gato, era mais um homem que a ter um animal teria um gato e não um cão). Adiante… Como eu dizia, parece que é a eles que cabe a tão difícil tarefa de tomar todas as decisões e nós apenas podemos acatar as ordens ou os sinais que nos forem enviados.
Não concordam? Então pensem bem nisto: Eles podem mostrar interesse sem que corram o risco de os acharmos fáceis, podem ligar as vezes que quiserem, podem entupir o nosso telemóvel com sms, podem revelar o que sentem sem o receio que nós pensemos que os temos na mão. Nós não podemos dar-nos a nenhum desses luxos, porque toda e qualquer coisa que façamos se converte em pressão e à mínima coisa espantamos o homem para um lado e o cão para o outro, ambos em puro pânico : “Socorro, estamos a ser pressionados!”
E aí é que está o “busílis” da questão, porque para qualquer mulher apaixonada é uma verdadeira tragédia “espantar” o seu “ mais-que –tudo” e então fazemos o impossível, para os tratarmos com “luvas de pelica”,andamos em seu redor com pezinhos de lã, fazemos contorcionismo, se preciso for, para não lhes tocarmos em nenhum ponto fraco, medimos as palavras, pesamos as manifestações de carinho. Tudo isto porque desde sempre nos ensinaram que eles perdem o interesse com muita facilidade, que não podemos dar tudo, que não devemos confessar tudo, que eles precisam do seu espaço caso contrário fartam-se, aborrecem-se. Ao mínimo descuido a ameaça de que podem procurar outra, começa a pairar sobre as nossas cabeças e por tudo e por nada somos levadas a pensar que deixámos de ser mulheres para nos transformarmos em pastilha elástica que grudou e de quem eles sentem a necessidade imperiosa de se soltar. Talvez ao fim e ao cabo a responsabilidade de toda esta embrulhada seja dos pontos de vista diferentes, porque afinal, a nós também nos ensinaram que o amor é uma bênção , o culminar de todos os sonhos , mas eles acreditam que o amor é uma prisão, um bilhete só de ida para Auschwitz, com direito a trabalhos forçados e torturas diabólicas do tempo da Inquisição. A verdade é que não faço a mais pálida ideia do motivo que os leva a resistir tanto ao amor e simultaneamente também não sei para que raio nos apaixonamos nós.
Afinal de contas, amar para nós significa termos que reprimir as nossas emoções tanto espirituais quanto físicas, sob pena de os vermos eclipsarem-se diante dos nossos olhos.
Não podemos tornar óbvios os nossos sentimentos porque das duas, uma: ou somos logo tomadas por tontas, que estamos totalmente à mercê das suas vontades ou então somos apelidadas de “coitadinhas” de quem eles têm pena. Não sei mesmo porque carga de água nos apaixonamos, porque na hora da verdade, é muito pouco o que podemos entregar e gozar.
Ainda não há muito tempo, um amigo me dizia que “ o mal das mulheres de hoje é que se masculinizaram no que toca à sua vivência sexual”, e eu perguntei-lhe, como raio, pode um homem pensar algo assim, quando são os próprios homens que nos empurram para essa dita “masculinização”. Mas afinal, não são vocês que negam o amor? Não são vocês que fogem de uma declaração de amor como o diabo foge da cruz? Não são vocês que no inicio de uma relação têm por hábito ir logo avisando que não querem compromissos nem envolvimentos emocionais, porque preferem uma amizade colorida? Então em que ficamos? Do que se podem então queixar se nós decidimos lutar com as mesmas armas? Ahhh…pois, já me esquecia…sabe bem ser amado não é? Dá assim…uma sensação de porto seguro, abrigo, constância. É bom? Também acho. Mas para ganhar tudo isso é preciso merecer. É preciso dar em troca. Entre um homem e uma mulher não existe Amor Incondicional. Esqueçam! Acreditar em tal coisa é o mesmo que acreditar no pai natal, no coelhinho da Páscoa. Entre um homem e uma mulher o amor tem de ser alimentado. Essa é a condição principal. Se não for, morre. Extingue-se. Decidam de uma vez por todas o que é que querem, porque se vão passar o resto da vida a gritar: “Socorro, estamos a ser pressionados”, mais vale dizerem logo de uma vez que só querem sexo porque sexo também é bom e nós gostamos.

Wednesday 27 May 2009

Manéla...Éla...Éla...



Manuela Moura Guedes pertence efectivamente a uma tipologia de indivíduos que acha que 'tem uma palavra a dizer', que é o mesmo que dizer "eles tem de me ouvir". Está na função errada para o efeito. Tivesse um blog. Esta tipologia é no fundo a da pessoa manienta que sugere a ideia "se eu mandasse...", que é o mesmo que dizer "se eles estivessem sob o meu comando absoluto seriam todos altamente sodomizados". Resíduos sádicos e retorcidos daquilo que pode muito bem ter sido uma adolescência sonhadora em que se viu abandonada por todos no pátio do liceu logo no 1º dia de aulas porque era demasiado chatinha. Deixam-lhe o discurso cortado, ficando apenas o vento a fazer chiar o balouço da última colega em fuga. Mas então, é ali que escolhe a sua vocação. [Plano de câmara sobe na vertical destacando o(a) protagonista no pátio vazio... numa cidade vazia] Manéla!Éla-Éla-Éla!(*) Ela ia falar sob as luzes dos holofotes... ser uma estrela... ser ouvida no mundo inteiro... (ouve-se o prenúncio de um musical à Gene Kelly]... ser grande dentro de uma caixa pequenina [música pára). Plano cai duramente a pique], dentro de uma caixa pequenina que entretanto enfiaram na cozinha... por baixo da caixa do esparguete... porque lá em casa cada um tem o seu portátil [câmara estatela-se secamente no chão, aos pés da protagonista]. Mas para a Manéla a escolha é perfeita porque láaa... lá na televisão... ao menos não ouvirá ninguém a mandá-la calar, e este tipo de ser humano acima de tudo gosta muito é de se ouvir a si próprio. Manuela Moura Guedes, ou M.M.G. como me apraz chamá-la... na realidade queria era ter sido deputada parlamentar, mergulhada no desejo (não) muito secreto de corresponder ao ideal da mulher culta e intelectual, de ser reconhecida e valorizada narcisicamente- as palminhas dos comparsas de bancada e ouvir a própria voz ressoar no hemiciclo... tão bonito. Não deu, e portanto sublimou a fantasia cantarolando insistentemente no Karaoke dos jantares de trabalho do marido emitidos em directo. Ele sorri e bate palminhas à Manéla, dizendo que está muito orgulhoso, o mentiroso (riso engasgado).

Com o avançar da idade, o dinheiro e a possibilidade da excentricidade, criam-se as condições para o eclodir do capricho egóico. Que nestes especímes assume a forma de profundo mau gosto emocional, intelectual e orgânico. O delírio maníaco toma conta e de repente os 10 milhões de portugueses não querem bem ouvir as 5 figuras políticas que se encontram no estúdio. Não é bem isso. Os 10 milhões de portugueses querem é ouvir o que a M.M.G pensa sobre legislação laboral e sobre o Governo de Sócrates. As pessoas não querem saber se o preço do combustível volta a estourar amanhã para ir encher os depósitos antes da meia noite, quando a verdadeira incógnita está naqueles pneus que ela tem no lugar dos lábios. Quando é que aquilo explode... é o que os olhares redondos, parados e expectantes aguardam há anos, em directo, no escurinho da sua sala.

Acredite o meu amigo leitor, caso não tenha esbarrado com esta senhora lá por sua casa nos últimos tempos, é impossível nomear adjectivos suficientes para ilustrar a falta de profissionalismo, a deselegância humana. Esta noite vimos a postura de uma Júlia Pinheiro na quinta dos animais a rasar a adolescente americana muito loura que diz 'Duh-Uh!'. Vergonhosa a prestação de quem preside actualmente o telejornal de um canal nacional com a postura de um João Kleber em 'fiel ou infiel'. Tremo assustada, antecipando que já nos próximos meses se desenrole uma cena de no intervalo coçar os dedos dos pés em cima dos gráficos do Dr. Pedro Santana Lopes. Meus Senhores, o que está ali é uma verdadeira micose da televisão portuguesa, que ainda se lembrará como partilhar uma mesa com gente crescida por lapso casuístico. Ser má pivot é o menor dos problemas.Trata-se de uma má [e mal formada] profissional, e entra na minha televisão todos os dias. Mesmo não a vendo... sei que ela lá está... num dos canais do lado, a fantasmatizar a minha programação. Morro de medo que os seus dedinhos pixelizados atravessem a programação e me contaminem a TV2 ou o que sobra de bom na 1. Se o comando é meo quero, EXIJO, descontar na factura mensal aquele esquilo a vangloriar-se porque"tem uma palavra a dizer". NÃO-NÃO TEM! PARA MIM NÃO TEEEEM!



Deêm licença... a minha terapeuta diz que estas coisas fazem mal à nossa
essência.... vou agarrar numa raquete.... e numa almofada... e expressar toda a minha raiva, antes de entoar o meu mantra.

Thursday 21 May 2009

A mente que se abre a novas ideias...

INSCRIÇÕES ABERTAS - NÃO PERCAM

Aqui está uma ideia que julgo ser brilhante, para que todos os homens (os que têm cão e os que não têm),possam finalmente ser como sempre sonharam (ihihihih) mas ainda não são. Inicialmente estes cursos estavam previstos apenas para a zona das Caldas da Rainha, mas a pedido de milhares de mulheres com gato por esse país afora, (que querem o melhor para os seus "mais-que-tudo")este curso intensivo de desenvolvimento do cérebro(entenda-se todo o cortéx cerebral-vulgo massa cinzenta- cerebelo,etc...)estarão à disposição de todos os candidatos a formandos do sexo masculino, desde o norte ao sul de Portugal.Depois de comprovado o sucesso cá dentro, iremos obviamente expandirmo-nos para fora.
Rapazes, lembrem-se do fundamental em qualquer aprendizagem: "A mente que se abre a novas ideias, nunca mais volta ao tamanho original."
Vamos a isto!






Novo Curso de Formação para Homens



OBJECTIVO PEDAGÓGICO


Permite aos homens desenvolver a parte do corpo da qual ignoram a existência (o cérebro).


4 MÓDULOS


Módulo 1: Introdução (Obrigatório)


1. Aprender a viver sem a mãe (2.000 horas)

2. A minha mulher não é a minha mãe (350 horas)

3. Entender que o facto de a selecção não se classificar para o Mundial não é a Morte do Artista (500 h)


Módulo 2: Vida a dois


1. Ser pai e não ter ciúmes do filho (50 horas)

2. Deixar de dizer impropérios quando a mulher recebe as suas amigas (500 h)

3. Superar o síndrome ' o controle remoto (comando da televisão)é meu' (550 horas)

4. Não urinar fora da sanita (1.000 horas - exercícios práticos em vídeo)

5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800 h)

6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)

7. Como sobreviver a uma constipação sem agonizar (450 horas)


Módulo 3: Tempo livre


1. Passar uma camisa em menos de duas horas (exercícios práticos)

2. Beber cerveja sem arrotar, principalmente quando se está à mesa (exercícios práticos)


Módulo 4: Curso de cozinha


1. Nível 1 (principiantes - os electrodomésticos) ON/OFF = LIGA/DESLIGA

2. Nível 2 (avançado) A minha primeira sopa instantânea sem queimar a panela

3. Exercícios práticos - ferver a água antes de por a massa



CURSOS COMPLEMENTARES:

POR RAZÕES DE DIFICULDADE, COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS, OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS

1. A electricidade e eu: vantagens económicas de contar com um técnico competente para fazer reparações;

2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (práticas em laboratório);

3. Porque não é crime oferecer flores, embora já tenha se casado com ela;

4. O rolo de papel higiénico: Ele nasce ao lado da sanita? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração espontânea)

5. Como baixar a tampa da sanita, passo a passo (teleconferência);

6. Porque não é necessário agitar os lençóis depois de emitir gases intestinais (exercícios de reflexão em conjunto);

7. Os homens quando conduzem, podem, SIM, pedir informações sem se perderem ou correrem o risco de parecerem impotentes (testemunhos);

8. O detergente: doses, consumo e aplicação. Práticas para evitar acabarem com a casa;

9. A máquina de lavar a roupa: esse grande mistério!

10. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupa suja e o chão (exercícios com musicoterapia);

11. A chávena de café: ela levita, indo da mesa ao lava-louça? (exercícios Dirigidos por Mister M);

12. Analisar detidamente as causas anatómicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar a casa de banho depois do duche.

Friday 15 May 2009

As Galinhas do Tony



Não é que ultimamente eu possa dizer que ande, digamos que com disposição para dar atenção a assuntos triviais. A bem da verdade, nos últimos dias tudo me tem acontecido e assim sendo a paciência não é a mesma para me deter com factos bons, agradáveis ou assim assim, que se passem à minha volta. Estou sim com alguns problemas graves para resolver, e por isso, foco toda a minha atenção não nos problemas em si, mas na solução dos mesmos. Mesmo assim, há coisas que, mesmo não tendo interesse nenhum, me prendem a atenção como é o caso do concerto do Tony Carreira ,tão esperado por todas as galinhas deste Portugal.
É verdade! Existem as mulheres com gato e depois existem as outras…as galinhas. Assim de repente não vejo que outro nome possa dar áquelas mulheres que se empenham em esperar horas a fio em frente ao recinto onde vai decorrer o “espectáculo”, muito bem instaladas nas suas cadeiras de praia, como que enfileiradas na capoeira, em perfeito desalinho e euforia, numa excitação crescente à espera que o galo cante. Mas afinal, o que tem o Tony de tão especial, para deixar em estado de sítio milhares de “senhoras” por esse país afora, fazendo-as parecer autênticas bichas em parada gay, completamente fora de si, uma manada de fêmeas em cio, agitando cartazes onde pode ler-se coisas tão ridículas como “tony faz-me um filho”?
Sinceramente preocupa-me que para além do duvidoso gosto musical destas “ladies”, ainda se deite por terra, anos e anos de trabalho dos movimentos feministas, que mal ou bem conseguiram granjear para nós, mulheres com gato, o respeito e admiração dos homens com cão.
Não me restam dúvidas, que aos olhos de qualquer ser inteligente, mulheres que arrancam os cabelos a gritar pelo Tony, dormem a noite ao relento para não perderem o lugar na fila, se agridem umas às outras verbal e fisicamente para não perderem os melhores lugares, transformam um momento (mais uma vez tenho que dizer: de gosto duvidoso) que podia ser de diversão, num autêntico campo de batalha, onde vale tudo (é à chapada, dentada, puxões de cabelos e outras coisas que tais) para chegarem primeiro aos lugares perto do palco, só podem ser comparadas a verdadeiras galinhas, que desatam a dar à asa, umas em cima das outras cacarejando estupidamente, sempre que à sua frente lhes caiem alguns bagos de milho.
Haja paciência! Minhas senhoras, sei lá porque castigo apreciam Tonys, Emanueis, Némanus e aberrações do género… mas há coisas que não podem esquecer: Temos unhas bonitas, crescidas e arranjadas mas não temos garras. Vamos ao cabeleireiro mas não é para andarmos a puxar os cabelos umas às outras…luta livre é para homens, não para nós. E atenção que essas actividades infelizes, não são para todos os homens, (felizmente), só para aqueles de h pequenino! Eu sei que as leggins estão na moda, mas lá porque são práticas e proporcionam liberdade de movimentos, não significa que sejam o vosso equipamento para o wrestling.
E por último…oh pá…cultivem-se! Lá porque seguem o último grito da moda, gostam de estar “dondocas” e apeticíveis, não significa que sejam interessantes e tenham uma coisa que só tem quem cultiva. CULTURA! CHARME! CARISMA!
Mas é óbvio que isso só vão ter quando as galinhas tiverem dentes. Até lá…continuem a debicar o milho que o Tony vos vai mandando de cima do palco. E já que gostam tanto desse “senhor”, não percebo porque é que em vez de cartazes não vão carregadas com aspirinas. É que o homem com toda a certeza não se livra de uma brutal dor de cabeça, depois vos ouvir cacarejar compulsivamente durante uma hora seguidinha! Irraaaaa…que é dose!


Ahhh...é assim que elas nascem!!!!!


Tuesday 28 April 2009

Ementa sugestiva...




(Não fosse a minha amiga Kalimera Phenix-33 e eu não saberia disto. Obrigada Kalimera!)

Na Auto-estrada para o Algarve, um casal de alentejanos resolveu abrir um restaurante de bom nível, com os melhores pratos da cozinha portuguesa de norte a sul do país, de leste a oeste, incluindo também as regiões autónomas e alguns pratos de gastronomia internacional. Tiveram porém de traduzir a ementa para Inglês e outras linguas... O texto que se segue é o resultado dessa tradução para a lingua de Shakespeare.

EMENTA / AND MINT

Entradas / Way in

Presunto pata negra / Black paw ham
Queijinhos de Azeitão / Little cheeses from Big Olive Oil Land
Ameijoas à Bulhão Pato / Clams in te manner of the ever-fighting duck
Cadelinhas à algarvia / Little bitches from the Algarve
Percebes / Do you understand

Sopas / Soups

Sopa de nabos saloia / Soup of stupid peasents
Caldo de penca com coentros / Nose broth with asses entries
Sopas Espírito Santo / Soup especiality from Espírito Santo Bank

Peixes e Mariscos / Fishes and Gays

Imperador no sal / Salty emperor
Caldeirada à Fragateiro / Boiler in the frigate's commander style
Arroz de navalhas da ilha de Faro / Knives rice from the island of Sent
Choquinhos na sua tinta / Little shocks in their own ink
Bacalhau assado com batatas a murro / Grilled codfish with punch violent potatoes
Joaquinzinhos com açorda / Little Jackies with bread pudding
Bacalhau com todos / Codfish with everybody
Delicias do mar com saladinha de tomata / Sea delight with a darling little tomato salad
Arroz de lampreia malandro à moda de Entre-os-Rios / Bastard's lamprey rice done in the manner of between rivers

Carnes / Meats

Frango à cafreal / Chicken from the black people
Carne de porco à alentejana / Pork meat alentejana style
Jantar da matança em vinha d'alhos / Dinner massacre with garlic wine
Rancho à moda de Viseu / A ranch like the one we have in Viseu
Mão de vaca à jardineira / The cow hand in the gardener's way
Arroz de frango malandrinho à moda do Porto / Harbour's small bandit chicken rice
Iscas com elas / Baits with girls

Acompanhamentos / Keeping company

Peixinhos da horta / Small fish from the orchard
Feijão frade / Friar Bean or cyclists
Grelos salteados / Jumping Clitoris

Sobremesas / Over the tables

Toucinho do céu / Bacon from heaven
Macedónia de frutas com gelado / Fruits with ice from na old part of Yugoslavia
Bolo pôdre da Madeira / Rotten cake from Wood
Bolo delícia da avó / My grandmother is delightful as a cake
Delícia do chefe / The chef is also a nice guy
Baba de camelo / The camel is going to spit on you
Rabanadas douradas / Golden asses
Tarte antiga de gila / Gill is na old tart
Queijo da serra com marmelada / Mountain cheese with foreplay


A acompanhar a refeição recomendamos que prove o nosso vinho verde à pressão ou a nossa agradável e sempre fresca sangria

With the meal we reccommend you try our green wine to the pressure or our pleasant and ever refreshing bleeding

Acho a ementa fantástica e até vou já fazer o meu pedido: Ora , para mim pode ser
Harbour's small bandit chicken rice , e para sobremesa, quero The chef is also a nice guy.... nham nham... and 4 my love,(caso ele se aventurasse a jantar comigo) poderia vir uma boa dose de Jumping Clitoris (tenho a certeza que ele ia adorar)ihiihihihihi... e para sobremesa: Bacon from heaven se bem que Golden Asses tb lhe ia saber muito bem...ehheheh...

Monday 27 April 2009

Eu bem que podia...



Eu bem que podia ser lésbica. OK...possivelmente as criticas, o preconceito e as recriminações não seriam agradáveis, mas como eu estou-me nas tintas para opiniões alheias...porque não? O assunto bem estudadinho até mostra resultados favoráveis.
Até porque as vantagens são bem visiveis. Ora vejam:
- se a depilação estiver a 10%, ela vai compreender. É normal que nem sempre nos apeteça ocupar o tempo livre em busca dos pêlos nascidos.
- Ao contrario do homem com cão, a mulher com gato não dá desculpas que não sabe passar a ferro, lavar a louça, etc...
- Se estiver na praia a gozar o sol, às seis da tarde não a vou ouvir dizer:"Querida vamos embora que vai dar o Sporting." E quando é Sporting ainda menos mal...(agora quando é o Benfica está o caldo entornado)
- Nos dias de neura (a conhecida TPM), ela entenderia na perfeição que temos dias assim "tramados" e não faria perguntas que quase nos fazem subir paredes.
- As sessões de sexo não deixariam os lençóis sujos de esperma.
- Eu não precisaria de tomar a pilula (nem ela também...nisso está em igualdade de circunstâncias com o homem com cão, porque ele também não precisa)...ihihihihii...adiante...
- Depois do sexo teria com quem conversar.
- Com toda a certeza teria sempre companhia para as compras.
- Com sorte ainda me ajudava a esticar o cabelo
- Se lhe dissesse para me comprar pensos higiénicos ou tampões, não teria como resposta: "Achas? Já viste o mau aspecto de chegar à caixa com isso?!"
- Podia dormir com o pijama polar estampado com ratinhos e as minhas meias de lã bem quentinhas. Claro que com o homem com cão ao lado, mesmo com 8ºgraus negativos tenho que fazer o esforço de vestir o babydoll transparente e rendado... e o gajo ainda pensa que os mamilos duros se devem à minha excitação! Tadinho... :)
- Nas saídas à noite poderiamos ir juntas ao wc e...nham nham... (ninguém desconfiava)
- As hipóteses de ser traída diminuiriam drasticamente...visto que mulheres há muitas mas nem tantas para se deliciarem com outra mulher.
- Não precisaria de explicar que o ponto G existe e onde está...
- Saberia que o corpo tem muito mais onde fazer caricias...não é só a...xaninha, o rabo e as mamas.
- Ao contrário do homem com cão ela não teria super cola 3 entre a mão e o comando da televisão
- Não assitiria ao ritual degradante da coçadeira dos tomates e cuspidelas para o chão.
- Ao contrario do homem com cão, ela não passaria horas a jogar playstation ou a ver filmes violentos.
- E claro seria sensivel,ao ponto de reconhecer quando erra e saberia pedir desculpa. (Quem dera que os machos fossem assim)

Com tantas vantagens, sinceramente, não sei como ainda gosto de homens...