Wednesday 28 December 2016

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Monday 26 December 2016

Last Christmas...


Resultado de imagem para george michaelEu tinha 15 anos e as paredes do meu quarto não deixavam antever uma lasquinha de tinta. Por todo o lado, posters do George Michael, quase todos, relíquias encontradas no interior da Bravo, uma das poucas revistas que comprava com regularidade.A porta do quarto era o espaço reservado à Madonna com a sua saia de folhos, laçarote no cabelo e crucifixos nas orelhas,imagem oficial do videoclipe "Like a Virgin". Uma das laterais do roupeiro era lugar de repouso de Simon Le Bon, o fofuxo vocalista dos Duran Duran. Mas à minha volta, o espaço livre deixado pelos móveis,não podia ser preenchido por outro que não o Michael, o rosto mais bonito e sexy que alguma vez vira, na época um inspirador de suspiros que só viria a desapontar-me quando se confirmou a sua homossexualidade. Lembro-me de ter ficado tristíssima quando descobri que o mais provável era que ele nunca olhasse para mim, não por eu ser uma anónima de quem ele não suspeitava sequer a existência, mas porque eu era rapariga. Que me perdoem os inquisidores dos devaneios da adolescência, mas que ele era bonito era e embora a paixoneta me tivesse passado, as músicas ficaram para sempre e a minha favorita era "One More Try". 
2016 levou-me quase todas as referências musicais, não lhe perdoo que me tenha levado mais esta. 😪




Friday 23 December 2016

Feliz Natal!

"Natal. E, só pelo facto de o ser, o mundo parece outro. Auroreal e mágico. "

Miguel Torga

                       

Thursday 22 December 2016

Quase Natal


São 6 e meia da manhã. Ainda não dormi. Na rua chove copiosamente e a casa está fria. É Dezembro. Quase Natal. Adiei por mais um dia a compra de meia dúzia de presentes, mas deambulei pelo centro comercial da cidade. Observei a azáfama das lojas cheias de clientes, as mãos ansiosas a passarem cartões de crédito nas caixas, a carregarem sacos, embrulhos, roupas, perfumes, telemóveis. 
À mesma hora em que um rapaz encorpado, esculpido por muitas horas de ginásio, passava por mim com um LCD debaixo do braço, rebentava mais uma bomba em Aleppo. À mesma hora em que uma mãe indicava ao empregado da loja que queria um embrulho bonito para o novo iphone da filha adolescente, mais uma dezena de miúdos na Somália sucumbia à desidratação, desnutrição e falta de vacinas. À mesma hora em que um grupo de raparigas exibia orgulhosamente os vestidos para a festa de fim de ano, acabados de comprar na Stradivários, o Washington Times comunicava ao mundo que na Holanda, a eutanásia é oferecida como cura para o alcoolismo. À mesma hora em que me sento para me deliciar com um calzone carregado de queijo derretido e pepperoni, também leio no feed do Facebook que na Síria, mães e pais preferiram matar as suas próprias filhas para evitar que elas fossem vítimas de estupro por membros do Daesh. 
É Natal. Eu estava a ouvir cânticos, observava as luzes multicolores, os brilhos das decorações natalícias e metia na boca mais uma garfada do meu calzone. Mas a notícia das meninas sírias assassinadas pelos próprios pais, tirou-me o apetite e o encantamento e colocou-me à frente a minha filha, a minha linda Mariana, e transportou-nos às duas para o meio das ruínas de Aleppo. E aos meus olhos, a minha menina, tornou-se vítima da má sorte por ter nascido em tão horrível lugar onde é preciso matar para não morrer, onde é preciso morrer para não sofrer a humilhação e a desonra. São quase 5 da manhã. A esta hora em Aleppo, como em tantos outros lugares do mundo, há quem passe indiferente ao nosso natal, noites inteiras ao relento, à chuva, na melhor das hipóteses ao abrigo de meias paredes, recantos que oferecem um tecto e um bocado de chão onde estender um velho cobertor. A esta hora, as mães de Aleppo acolhem os seus filhos nos braços, colocam-lhes as mãos sobre as cabeças, protegem-lhes os ouvidos do barulho ensurdecedor das bombas. As mães que não pregam olho, passam a noite a olhar os céus, atentas aos clarões dos bombardeiros, embaladas pelo ronronar dos estômagos vazios, os seus e os dos seus filhos. Pés calçados, prontos a caminhar rapidamente na direcção de outro refúgio se é o perigo que pressentem sobre as suas cabeças. É natal. E em França, onde também há natal, é ofensivo mostrar o dom supremo que é a Vida. Envergonham-se as mulheres que recusam fazer parte da eugenia e retira-se-lhes a bravura com que aceitam os seus filhos “diferentes” nos braços. Eu poderia continuar a escrever sobre todas as calamidades deste mundo, sobre todos os horrores que precisamente a esta hora estão a acontecer, atirando para o mais desumano desespero, milhares, milhões de pessoas em todo o mundo e quando acabasse, já seria natal outra vez, mas do próximo ano. Mas é natal e no natal o tempo é o de pensar na ceia, no bacalhau e nas rabanadas, nas luzes e nos enfeites, nos presentes e no orçamento que é preciso esticar para os comprar. Tanto apêndice para um natal que é apenas o aniversário de Jesus, o Homem que ensinou o Amor, a fé, a solidariedade, a simplicidade e o respeito pelo outro. O mundo está a abrir-se debaixo dos nossos pés e nós, ainda que nos sintamos no pedestal, estamos também a cair para o abismo, tal como as raparigas que os pais matam na Síria para não serem violadas pelos mercenários do ISIS, tal como os miúdos da Somália que morrem a revirar os olhos em busca de um pouco de pão…tal como…o tipo que está aí em baixo, a enrolar-se num pedaço de cartão à porta do vosso prédio. E vocês ainda acham que é natal? Não me FODAM! ISTO NÃO É NATAL! Isto não é Natal.

                            Foto de Ana Kandsmar.

Milagres

"Há quem diga que um dia ainda vai olhar para trás e rir-se de todas as adversidades. Eu acho que vou chorar. Talvez de alegria mas vou chorar, porque é inumano percorrer caminhos inóspitos, atravessar desertos e chegar em algum lugar melhor sem considerar que pequenos ou grandes milagres operaram na nossa vida. E não se ri de milagres."

Ana Kandsmar in Mar de Deus


Saturday 10 December 2016

"Um romance mitológico de cortar a respiração, com muito suspense e emoções fortes."

Assista ao novo BookTrailer d'A Guardiã, O Livro de Jade do Céu. Agora com um preço especial antes de ir para as livrarias. Apenas 19 euros com oferta do portes de envio para Portugal Continental. Encomendas para o e-mail beedynamicbook@gmail.com!

Quem ainda não leu O Livro de Jade do Céu, leia aqui mais uma opinião de um leitor. 

Grata, Nuno Novo!


"Concluída que está a leitura do livro "A Guardiã - O Livro de Jade do Céu", como ficou prometido, e porque gosto de honrar os meus compromissos, cumpre-me, agora, emitir a minha modesta opinião.
Já de há uns tempos a esta parte, que o livro me tinha suscitado curiosidade. O título era (é) bastante apelativo para quem gosta de explorar no imaginário, campos da criação divina/mitológica.
As minhas expectativas iniciais, agora que está concluída a sua interessante e intensa leitura, não foram de modo algum, defraudadas. Antes pelo contrário.
Um romance mitológico de cortar a respiração, com muito suspense e emoções fortes.
Embarquei num "espectro de luz" e viajei por muitos dos lugares míticos da história universal.
Avalon e Camelot, com as suas lendárias personagens de Rei Arthur e Lancelot e a rivalidade pela disputa de Genneviere, a donzela que conquistou o coração de ambos.
Breve passagem pela Terra Santa e Palestina, sem esquecer a cidade de Petra e os seus deslumbrantes monumentos na vizinha Babilónia e Mesopotâmia.
Uma viagem pelo Renascimento e pela mão do artista Michellangelo, passando de igual modo, figuras e obras bem portuguesas. E claro, por Lisboa e Zona Oeste, em geral e Óbidos, em particular. Sem esquecer a sua ex-libris licorosa e claro, o comércio que a envolve e serve, em copinhos de chocolate.
A abordagem saudável e equilibrada à história da religião muçulmana, do seu profeta Maomé, e as diferentes interpretações do seu conceito.
Sem esquecer, uma viagem ao imaginário de James Murray Barry, e o mundo encantado de Peter Pan.
A abordagem a personagens bíblicas cirúrgicas, símbolos e rituais de adoração ao Demo. E com uma pitada de enigmas e charadas q.b..
Uma história de amor improvável, com ligeiros despertar de sensualidade.

Adorei. Muito!

Dan Brown, em o "Código da Vinci", aborda, também, este tipo de rituais de Ordens/Seitas, no caso em concreto, do Priorado do Sião. E o mítico Graal... afinal, a descendência Merovingia!
Ana Kandsmar, fiquei deveras surpreendido com a forma como conciliaste este emaranhado mitológico, e o descreves de forma tão ilustre e peculiar.
Afinal, o bem e o mal; a luz e as trevas; o Yin e o Yang; o certo e o errado; o dia e a noite; o calor e o frio; Deus e o Demónio, serão sempre indissociáveis!
Trouxe-me à memória uma frase que proferia muitas vezes a minha saudosa avó materna "o amor e o ódio, caminham sempre de mãos dadas, há que os saber equilibrar e controlar".
Voltando ainda à obra de Dan Brown, retenho algumas expressões que com alguma regularidade foram utilizadas, tais como "anuir" e seus derivados, "tamborilar" e "assomou-se".
De igual forma, neste fantástico e surpreendente romance, recorres com alguma frequência a termos como "aquiescer" e "excruciante". A tua percepção e a forma como revés o Outono e o descreves com tamanha objectividade no papel de Luana Kelman😉

Parabéns.
Adorei e recomendo vivamente a sua leitura."

(Nuno Novo)



Thursday 1 December 2016

Já à venda!



À venda nas livrarias a partir de Janeiro.  Compre agora, enviando o seu pedido para beedynamicbook@gmail.com







in Mar De Deus

"Deixa que as tuas escolhas reflictam as tuas esperanças, não os teus medos."
Ana Kandsmar in Mar de Deus