Tuesday 15 September 2015

Há uma linha que separa...

Eu própria estou a tentar compreender qual é a linha que separa o ódio instigado pelo medo do que não se conhece (ou conhece mal) das preocupações legitimas. Parece-me pelo que tenho visto, há uma boa dose de ingenuidade da parte de quem faz campanha pelos refugiados e uma enorme carga de ódio puro por parte de quem não os aceita. No meio disto tudo o melhor é tentar encontrar um equilibrio, que sei que é dificil. Mas, mesmo acreditando, como acredito, que estamos a ser invadidos e que esta crise de refugiados é uma falsa crise, a verdade é que no meio deles há muita gente inocente. A verdade é que o Islão não é só um, e existem varias facções tolerantes e flexíveis. Se me perguntares que atitude é a certa, repudiar esta gente ou aceitar? Nem uma nem outra. Mas é preciso fazer alguma coisa, porque quer queiramos quer não, foi o Ocidente que semeou o que estamos agora a colher.O que vamos colher é bom? Não. Não é. Mas o que semeámos também não foi. Se calhar o mais justo agora é fazermos exactamente o que estamos a fazer: Colher. Por muito que isso nos custe. Talvez tenha chegado a hora da humanidade se olhar como um todo sem distinguir fronteiras, raças e religiões. Sobretudo religiões. "Já vi muita religião nos olhos de assassinos". Disse-o Saladino, rei do Egipto a Balduino IV, rei de Israel, durante as cruzadas. Nessa altura, se bem te recordas, eram os cristãos que matavam tudo quanto mexia, enquanto os árabes, permaneciam mais ou menos pacíficos, apenas entrando em disputas para se defenderem. Todos nós, já vimos e continuamos infelizmente a ver, muita religião nos olhos de assassinos.