Tuesday, 27 September 2016

Mar de Deus

"Baixaram as persianas, abriram a porta que os expunha finalmente à crueza da realidade, e à luz da rua que quase os cegava. Era o fim do sonho. Voltavam ao inicio, ao ponto de partida. Cada um para o seu lado, noutro sonho qualquer. "

Ana Kandsmar in Mar de Deus

Sunday, 25 September 2016

Conversas com a minha avó


-Então, avó, porque chora?
-Porque tenho saudades das minhas netas.
-De que netas, avó?
-Olha, uma esteve cá há pouco tempo, mas já não me lembro do nome. Tem uma menina. É a Érica. A outra parece-me que se chama Dina, estou à espera dela para me mostrar o Simão. E há ainda outra. Aquela que me roubava chocolates quando era pequena.
-Avó, essa que lhe roubava chocolates, era eu. :)
-Oh…a sério? Deixa lá. Se fosse hoje eu deixava-te roubar chocolates à vontade. 

Outono

Com que agonia se ouve a voz das fontes? 
Se ela tem humildes alegrias quando canta
Saboreio um inverno em cada planta
E um verão em longínquos horizontes
Árvores maternas abrem os braços
Verdes, tristes, num gesto criador
Com impulsos derradeiros abrem espaços
E chegam mais perto ao seu senhor.
Mas tudo, risos e sonhos subsistem
Doura a tarde sonhos feitos de abandono
Nas sombras dos jardins em que resistem, 
eu passo, e piso folhas mortas de outono.
Se antes voaram bem alto como pombas
Hoje, sombras vagas a errar 
Por entre sombras.

Sunday, 18 September 2016

Outra alegoria da caverna

Vender a alma ao diabo parece ser mais ou menos recorrente para a maioria das pessoas. Terei eu já vendido a minha algumas vezes, sobretudo quando em troca de um mísero salário aturo o que em condições menos adversas nem a troco de milhões aturaria. Mas vendê-la da forma abjecta como José António Saraiva o faz com este livro, que revela a intimidade de várias figuras públicas, é se calhar um sinal inequívoco de que este homem já não tem alma, sequer. 
Mas não devemos culpar apenas o jornalista que muito provavelmente verá aqui uma excelente oportunidade para ganhar dinheiro. Afinal, o livro será um sucesso e ele sabe-o. Num país onde impera a venda de revistas cor-de-rosa e pasquins que relatam dramas de faca e alguidar, não se espera outra coisa. 
A Maria que cumpre religiosamente o ritual da compra da Nova Gente e da Caras, entrará muito provavelmente, pela primeira vez numa livraria, para comprar o “ Eu e os Políticos”. Muitas “marias” deste Portugal o farão. Muitos “manueis” as imitarão. 
O jornalista Saraiva engrandecerá o ego com o seu sucesso editorial, a Gradiva inchará a gaveta do lucro e milhares de portugueses ficarão mais pobres. Não pelo dinheiro que pagarão pelo livro, mas pelo que de mau ele representa. 
Espantam-me aqui sobretudo duas coisas: Que as personalidades visadas permitam que a sua vida íntima seja explorada por terceiros com vista ao enriquecimento e mediatismo pessoal, e ainda, que um profissional que gozava de respeito e admiração entre os seus pares se permita a este mergulho na lama. 
Só a Gradiva me parece agir da forma coerente que tem caracterizado a maioria das grandes editoras. Essa já não me desilude. Como outras, publica cada vez menos escritores e cada vez mais gente que garante vendas, ainda que mal saiba escrever uma linha ou não tenha de facto, nada para contar, ou melhor: para acrescentar. 
Não há muito tempo, foi o apresentador de televisão Júlio Isidro, agora é o Saraiva. Tudo em nome das vendas. Culpa, claro das pessoas que deixaram de comprar escritores, e unicamente para alimentar a coscuvilhice, preferem levar para casa a roupa suja das caras conhecidas.
Há uma imagem que ilustra na perfeição este estado de negação em que se vive neste mundo. Se enfiados num poço fundo e escuro, que se lhes atire uma escada. A maioria preferirá parti-la para com ela fazer uma fogueira ao invés de usá-la para sair do poço e ver de novo a luz. Uma espécie de alegoria da caverna. 
É isto. É triste mas é isto.

E tudo o Vento Levou...


"Não te vou beijar. Embora precises muito de ser beijada. É esse o teu mal.Precisas de ser beijada com frequência, e por alguém que o saiba."


Wednesday, 7 September 2016

Funeral



Não o faço diariamente, mas volta e meia instruo os meus filhos sobre o meu funeral. Não que a morte me espere já ali ao virar da esquina, mas sei que me espreita. Cruzou-se comigo algumas vezes. A primeira de que me lembro, eu tinha 4 anos e olhei-a nos olhos, no fundo de uma mina de água. Por entre o lodo e musgo verdete, folhas de nenúfar a dormitar silenciosamente sobre as águas, ela deixou-me passar incólume, de regresso aos braços da minha avó.
De novo nos voltámos a encarar aos 19, nessa altura num bloco operatório gélido e imaculado. E outra vez aos 30. Apanhou-me de surpresa a cruzar um tapete de alcatrão. A chegada dela fez-se acompanhar de um baque ensurdecedor. Tombei com a cabeça sobre o vidro que se estilhaçou e de um ângulo completamente novo, observei toda a parafernália que habitualmente envolve um acidente na estrada. Muita gente curiosa se juntou, dando livres asas ao desejo de ver sangue, os bombeiros e a polícia assinalando marcha de urgência, desenvolvendo esforços para me manterem viva. Vi tudo. Ouvi tudo. E do centro da minha inconsciência, observei a cena. Via um filme. Onde eu estava, com a morte ao meu lado, podia muito bem ser uma sala de cinema. E as cenas chocantes que se projectavam perante os meus olhos faziam-me estremecer na cadeira. Pensava: Coitada! O carro vai incendiar-se e os bombeiros não conseguem tirá-la lá de dentro!”
Conseguiram. Escapei por um triz. Não sei em que momento a morte me deixou, mas quando dei por mim já estava entregue às equipas médicas. Só queria saber dos meus filhos. Se eles estavam bem. O carro havia sido em parte consumido pelo fogo e eu tinha escapado viva. Os meus filhos tinham escapado vivos. E a morte ter-se-ia, a dada altura, talvez por detestar o ajuntamento de multidões que vão ali só para a ver, timidamente afastado.
Todavia, ronda-me que eu bem a sinto. Espreita por uma oportunidade. Um deslize. Uma distracção. Um acto impensado. É assim que ela age. Como um predador que se esconde atrás das estepes das savanas, espera silenciosamente a presa. Ao mínimo descuido e estamos nas suas garras.
Por isso, por previdência, não vá o diabo tecê-las e eu acabar com os quatro costados num buraco de terra fria e húmida, no meio de vizinhos que não conheço de lado nenhum (Deus sabe como eu detesto ter vizinhança por perto), instruí-os. Não quero ir parar a um cemitério. A nenhum cemitério. Não quero ir parar a lugares onde encontrarei restos de outros que morreram antes de mim. 

Quero um funeral Viking. Quero deslizar sobre as águas calmas de uma lagoa, deitada no interior de um pequeno barco a remos ou sobre uma jangada. Na margem, um arqueiro experimentado nas lides da flecha, há-de lançar-me um archote certeiro, a ponta enrolada por uma tira de pano imbuída em querosene. As labaredas hão-de consumir o meu corpo à medida que a corrente me leva ao oceano. Depois, as ondas hão-de engolir-me e as minhas cinzas viajarão pelos sete mares.

Agora a sério…é uma pena que não se permita em Portugal um funeral temático. Toda a gente devia poder decidir como é que quer despedir-se deste mundo. 

Não terei o meu funeral Viking.Terei que me contentar com o crematório na capital. Mas instruí os meus filhos. Quero ao menos que o pote com as minhas cinzas seja enterrado onde possam plantar uma árvore. Uma floreira. Que nesse momento em que me dispõem na terra como uma semente, se ouça ao fundo o violino do David Garrett a soltar as notas de Bach. Quero o Air na minha despedida. E rosas brancas. E tulipas. Apenas rosas brancas e tulipas que podem vir de todas as cores. E quero que os meus filhos fiquem atentos ao preciso momento em que soar a última nota. Fiquem atentos. Nesse instante, nesse preciso instante, no nanominimicro segundo que antecederá o silêncio, eu pousarei um beijo nas vossas faces e dir-vos-ei ao ouvido que não poderia ter-vos amado mais, pois coube-me no coração, por vós, todo o amor que algum dia foi germinado.

Encontrado por aí...


Se encontrares uma mulher que escreve, deixa-a por perto.
Ela é aquela com sombras debaixo dos olhos e que cheira a Candy da Prada e chá de cidreira.
Aquela debruçada sobre um caderno qualquer gatafunhado de palavras complicadas.
Essa é a escritora.
Com os dedos ocasionalmente manchados pela tinta das canetas, a tinta que vai viajar entre as vossas mãos quando entrelaçares os teus dedos nos dela.

Monday, 5 September 2016

Ana de puta…puta de vida.

Uma pequena tatuagem de um colibri sobre o ombro direito desnudo e liberto da grossa camisola de lã, que a gola arredondada fazia lembrar a boca de um vulcão. Ana passeava o seu corpo sobre os passeios mal iluminados e escondidos das ruas que circundam o centro comercial. 
Meneava-se sobre os saltos altos de onde jorrava um par de pernas escanzeladas, adornadas por meias de rede que terminavam onde começava a curta saia de napa. Os cigarros que consumia avidamente não chegavam para lhe roubar o frio dos ossos, nem o torpor da alma.

«preciso de beber um copo.»Estava disposta a vender-se por um pouco de calor. E por cigarros. Não lhe importava o dinheiro, por uma vez que fosse. Mesmo que o estômago estivesse vazio há demasiadas horas. Mesmo que uma ou outra substância proibida lhe faltasse no cérebro para poder continuar mais um pouco. «nem um gajo aparece!»
Os dias de fim de ano até costumavam ser bons, mas agora não conseguia perceber o vazio de gente. Não tinha um ar andrajoso, embora também não enchesse o olho a alguém sem a junção de mais qualquer coisa - um gesto, meia dúzia de palavras, um convite explícito. Os cabelos compridos ofereciam-lhe um ar adolescente. Tinha um rosto anguloso, mas bem estruturado, assente num corpo franzino.
Farta de martelar a calçada com os saltos altos onde se pendurava, endireitou-se, encostou a carteira coçada e gasta ao peito com brusquidão e meteu-se a caminho em direcção a quem entrava e saía pela grande porta de vidro do Shopping. Estendia a mão e pedia, pedia, mas dali não levou mais que alguns olhares de escárnio e desprezo. Era a puta da vida – pensava Ana - a puta da vida ainda mais puta que ela, que a empurrava para a escuridão da noite, sem o copo de vodka que lhe daria a ilusão das temperaturas de Julho. A puta de vida que a empurrava para o quarto alugado nas águas furtadas, um canto nauseabundo a cheirar a mijo de ratos, onde não a esperava qualquer folia própria da época, mas apenas mais um final de ano, como outro qualquer, com o mesmo vazio no estômago, com a mesma ausência de lágrimas de sempre, onde os dias não tinham o atrevimento de ser diferentes, por uma vez que fosse.
Ao lado passa-lhe um daqueles homens que não sabem o que é ser pousio de olhares femininos. Daqueles homens que mais parecem lugares de ninguém e que em segredo acalentam o desejo de serem ocupados, possuídos por qualquer uma" sem- terra". A derradeira oportunidade fê-la implorar-lhe «fode-me, fode-me! Olha vês, são só cinco euros e podes foder-me!» 
Viu-lhe nos olhos o espanto, o encolher de ombros,a palmadinha no traseiro, a nota ainda quente a sair do bolso dele para as mãos dela, o acelerar do passo, o renault clio cinza em 2ªmão, o sémen que lhe escorria pelos cantos da boca. A Vodka e as temperaturas de Julho, viriam a seguir.

Sunday, 4 September 2016

Os bons, os maus livros e o preconceito com os autores portugueses




Há umas semanas atrás tive o prazer de ler alguns bons livros. Sei que são bons, porque ainda hoje dou comigo a pensar no Rhenan, na Maria, na Freya, no Fion e na Maeve, sinto arrepios ao lembrar-me do Lochan e ponho-me a imaginar o que andarão eles a fazer por esta altura, quase não resistindo à tentação de abrir de novo o “Yggdrasil”, só para me certificar de que eles não andam lá por dentro a fazer muita bagunça.
A mesma sensação apanha-me quando passo pela estante e deito o olho ao “Dia Em Que Nasci”. O livro é pequeno, lê-se de uma acentada, mas é como um pastel de nata ou um daqueles “mil folhas” em miniatura: Delicioso. O Tomé, a Alice e a Ana ficaram-me para sempre numa das minhas gavetas de memórias (sim, as mulheres também têm gavetas, e eu tenho pelo menos uma só para as memórias literárias). 
Perguntem-me se não me emocionei quando a Maria entrou pela primeira vez no quarto do Rhenan ou se não me indignei por causa das correntes que o pai do Tomé usava para o prender e eu dir-vos-ei que sim. Ora, quando isto acontece, quando o autor consegue transmitir emoções ao leitor, então muito provavelmente o leitor estará perante uma boa história. Sortudo! 
Ando sempre atrás de boas histórias e não raramente fui (em tempos), atrás das grandes campanhas de marketing que as editoras fazem em prol das suas vendas. Pudera! A maioria dos livros que encontramos nas livrarias são importados de fora e as editoras portuguesas pagam os direitos de autor a peso d’ouro! É preciso vendê-los. 
A Becca Fitzpatrick vendeu bem o Hush Hush no Canadá?(como se vender bem no Canadá se possa comparar a vender bem em Portugal) Então compra-se e depois fala-se dele até à exaustão, pagam-se lugares de destaque nas livrarias, colocam-se os exemplares mesmo ali à frente do nariz de quem entra decidido a levar o D.Quixote, ou outro qualquer, ou ainda, completamente às aranhas sem ter a mínima ideia de que livro comprar. Vê-se aquele, a capa é apelativa e… pimbas! Daí à caixa vai um “danoninho”, paga-se e leva-se para casa, para então se descobrir que o livro é uma grande merda. Assim, sem mais nem menos. Uma grande Merda! O que é verdadeiramente de bradar aos céus, é que se em vez de Becca Fitzpatrick, o nome do autor fosse Filipe Vieira Branco, ou MBarreto Condado ou…Ana Cristina Pinto, muito provavelmente estaria a ganhar mofo num canto qualquer onde ninguém chega.
Lembro-me de um outro, “ O Céu existe mesmo”, livro que a Lua de Papel, do Grupo Leya, até publicidade na televisão pagou e olhem só o que os portugueses compraram: papel higiénico encadernado, decorado com uma fila imensa de palavras. Na capa consta um selo que diz “ 3ª Edição em 15 dias! O livro sensação do ano!” Olhem que porra, claro que quando se vê isto na capa de um livro a vontade é comprar! “Bestseller nº1 do New York Times, 2 milhões de exemplares vendidos em 6 meses”. Efectivamente, este foi o título que mais vendeu em 2011, pelo menos em Portugal. Vergonha, vergonha! Quantos rolos da Renova, daqueles de luxo, dupla ou tripla folha, perfumado e com desenhos, teria eu comprado pelo mesmo valor que paguei pelo argamasso de folhas do tal Todd Burpo e mais não sei quem? O que raio nos andam a impingir para ler? 
Até há uns tempos atrás eu ainda acreditava que é o público que determina o sucesso de um livro. Hoje percebo que são obviamente as editoras. São elas que escolhem o que editam e compram. Ainda antes do leitor comum decidir alguma coisa, aparecem os livreiros que escolhem o que colocam nas livrarias. E onde colocam. O lugar onde o livro está diz muito sobre as suas vendas. Se não está nos destaques ou num expositor ali mesmo à frente dos olhos, esqueçam. O pobre anda a passar um mau bocado. Não é por ser certamente um mau livro, a razão por que não está visível. As razões são sempre outras e todas se prendem aos euros, como as correntes aos tornozelos do Tomé. Quanto se ganha com o livro X ou com o livro Y? Ou mais exactamente: Quanto se perde, caso não venda?

Nós vamos por arrasto. Muitas vezes vítimas do fenómeno da carneirada. Nós, que gostamos de voar (rasteirinho) como as galinhas, mas em bando, como os gansos, repetimos o que vimos aos outros e temos muito pouco desenvolvida a nossa capacidade de análise. Vamos atrás e pronto. É mais fácil. E há coisas que em carneirada não se admitem: Dizer que afinal não era bem aquilo. Fica mal. Afinal se todos gostam, por que raio não gostei também? O problema só pode ser meu! 
Bom, já não é novidade nenhuma para ninguém que o rei vai nu em mais contextos das nossas vidas do que é possível contabilizar e é se calhar por isso que hoje, pudesse eu mudar radicalmente a minha vida e tornar-me-ia eremita. Começo a cansar-me de viver entre pessoas que preferem o que parece ao que é. Termino por isso este texto a pregar aos peixes. Há bons e maus autores dentro de cada género, há bons e maus autores nas grandes e nas pequenas editoras. Mas acreditem que as hipóteses de se encontrar bons autores fora das livrarias crescem a olhos vistos, ao mesmo ritmo que os grandes grupos editoriais têm necessidade de facturar. E acima de tudo, acabem com o estigma do “ se é português” não deve ser lá grande coisa. Lembrem-se do José Luis Peixoto, do José Cardoso Pires, do Luis Miguel Rocha, da Alexandra Lucas Coelho, do Miguel Torga ( que ao longo da sua vida só fez edições de autor) e tantos outros que sangraram para se fazerem notar e que agora, muitos deles injustamente esquecidos para dar lugar às Noras Roberts e Erikas Leonards James deste mundo. 
E acima de tudo, tenham em conta o mais importante: se o autor é português, não pertence à pandilha que aparece nas revistas cor-de-rosa, não é sequer apresentador de televisão e a editora aposta nele, então a garantia de qualidade é exponencialmente grande! Como é que sei isto? Tomem lá um exemplo: O livro do Paulo Caiado, “ Um Momento Meu”, é bom não é? Se ainda não sabem, têm bom remédio. ;)

(Adenda: Não posso terminar sem recomendar aqui alguns dos melhores livros de autores portugueses que já tive o prazer de ler e que não se encontram por aí a pulular nas livrarias. São eles: As Crónicas de Tellargya de Hélder Martins,Sonhos Roubados de Pedro Santos Vaz, Entre o silêncio das pedras de Luis Ferreira, O Dia Em Que Nasci de Filipe Vieira Branco e no meu género preferido, amei, amei, amei ,...YGGDRASiL, Profecia do Sangue de MBarreto Condado e O Erro de Deus de Carlos Queirós.

E já agora...e já agora nada que fica feio recomendar o meu. ;)