Monday, 30 December 2013

2013, há-de ser um dia,o melhor ano das nossas vidas!

Proponho-vos o seguinte exercício: Agarrem num dos livros de crónicas do Miguel Esteves Cardoso que está por aí esquecido e abandonado na estante da sala. Sim, pode ser esse: "A Causa das Coisas", ou qualquer outro escrito nos anos 80. Sacudam-lhe o pó e abram numa página ao calhas. 
Se abriram numa página em que o autor fala sobre o culto das alcatifas ou sobre salgados que já não existem - como o Salgado Zenha - façam uma segunda tentativa. Sim, pode ser aí. 

Leiam com atenção o costume tuga que é impiedosamente escalpelizado. Vão reparar com uma certa consternação que o nosso Portugalzinho continua arrepiantemente igual. Não há nada a fazer. Para o bem e para o mal, quase 30 anos de integração europeia deixaram a nossa essência tuga absolutamente intacta. Podemos ter agora I-Pods, I-Pads e todo o tipo de I-parvoíces mas continuamos a ser os mesmos I-tugas que sempre fomos. Portugal está entranhado em nós e não há anti-nódoas que nos consiga remover de nós próprios.
Vejam, por exemplo, a página 207:
"...Faltava reparar na característica essencial do optimismo português: nomeadamente, que ele não visa nem o presente nem o futuro. Não. O optimismo português faz-se sentir exclusivamente em relação ao passado. É, numa palavra, retroactivo."

Todos nós o sabemos e sentimos: no fundo, acreditamos que o passado vá melhorar para todos nós. Cada dia que passa, o passado torna-se mais desejável. Lá, há um lugar para todos os portugueses. Nunca chove, nunca inflaciona, nunca falta alegria.

"...Há séculos que os portugueses se empenham em preparar e construir um Passado digno para os bisavós. É por isso que os profetas dos portugueses são os historiadores, e as utopias nacionais nada têm a ver com amanhãs - foram ontem. A lógica ancestral é a do "deixa passar". Logo que uma coisa passa para o passado, passa a ser a melhor de todas.
Isto deve-se ao jeito enorme que temos para esquecer as misérias. Um português que tenha passado a mocidade fechado numa jaula infecta a pão e água, acusado de crimes que não cometeu, lembra-se da experiência como mais ninguém neste mundo. Passados uns anos, dirá qualquer coisa como "Ah, eu nessa altura não tinha nada, mas era feliz. Tinha a minha salinha, o meu pãozinho, o meu cantarozinho de águinha fresquinha, e ninguém me chateava, a não ser quando era espancado regularmente por uns tipos porreirinhos que tudo faziam para que eu não me maçasse".

Tudo o que passou é bonito aos olhos portugueses e a língua reserva-lhe os mais ternos diminutivos. Quando alguém morre, por exemplo, torna-se universalmente amado e sobe aos topes que em vida nunca alcançou. Isto irrita alguns, sobretudo os vivos que teimam em ser amados antes do tempo certo (ou seja, enquanto ainda estão vivos).

"...Em 2003, 1983 será um dos melhores anos das nossas vidas, e 2003 será, sem dúvida, o pior de sempre. É preciso, por isso, esperança: basta esperarmos vinte anos para vermos quanto estamos felizes e bem servidos neste ano de 1984".
(MEC, in "A Causa das Coisas)

Em 2014, 2003 será um dos melhores anos das nossas vidas e 2014, será, sem dúvida, o pior de sempre. É preciso, por isso, esperança: basta esperarmos vinte anos para vermos quanto fomos felizes e bem servidos neste ano de 2013, e no ano logo a seguir sentiremos uma nostalgia ímpar e um brilhozinho nos olhos de cada vez que recordarmos a nossa felicidade tão perfeitamente vivida em 2014. Não duvidem. Em vez disso aproveitem e sejam mesmo muito felizes!



Sunday, 29 December 2013

Um Livro para ler em 2014:"A menina que roubava livros." de Markus Zusak. Já é um filme e a estória passa-se na Alemanha Nazi. E para 2014, vai comigo também uma certeza. Talvez a única. Um dia a história (a história mesmo e não a estória), há-de olhar para trás e louvar o que o Hitler fez de bom. Por exemplo, foi ele que matou o Hitler.



Saturday, 28 December 2013

E este ano a série que me fez esperar e desesperar por novos episódios foi esta: The Game Of Thrones. Tenho tantas saudades tuas,khaleesi! E gosto tanto do que tu escreves, George RR Martin!Temporada nova, aparece depressa por favor!





Friday, 27 December 2013

Dúvidas existenciais que não passam com chocolate e que levo para 2014:

Casa dos Segredos 1: Quem é que no seu perfeito juízo perde tempo a ver aquilo?
Casa dos Segredos 2: O horário para pornografia na televisão não devia limitar-se ao pós- midnight?
Saltos de 18 cm: Porque é que eu não consigo correr com eles? Correr?? Andar!...Andar já é utopia!
Escritores: Alguém que não consegue escrever uma frase com 10 palavras sem dar 20 erros pode escrever livros?
Atracção: é uma coisa que podemos sentir por outros e que os carros também têm?
Jet 7: Quem é a Paula Bobone e porque é que ela escreve livros sobre etiqueta?
Teorias da Conspiração: Porque é que os believers da "coisa" continuam a chamar-lhes "Teorias"?
Expressões: É suposto que as expressões" Vai-te fo**", "Andoriiii" e "Não és a última Coca-Cola do deserto" me causem tanta satisfação e pena em simultâneo?






Para ir a Óbidos ainda antes de 2014. Porque em lugares que temos no coração somos sempre felizes.

"Deixamos algo de nós para trás ao deixarmos um lugar. Permanecemos lá apesar de termos partido e há coisas de nós que só reencontramos lá voltando. Viajamos ao encontro de nós ao irmos a um lugar onde vivemos uma parte da nossa vida, por muito breve que tenha sido."

texto do filme | night train to lisbon



Thursday, 26 December 2013



Uma espécie de mantra para 2014:
Paciência...
Entender que tudo tem o seu tempo. que tudo vem a seu tempo. dar o tempo necessário. para crescer. para florescer. aceitar o ciclo da vida. respeitar o fluxo do tempo. observar o tempo passar. esperar o tempo certo. para plantar. para colher. para agir. para seguir. para aprender.

(Caio Fernando Abreu)


Thursday, 19 December 2013

Tuesday, 17 December 2013

Quem mais faz anos hoje para além de mim? Eles! Os Simpsons. 24 primaveras. Como os adoro, aqui ficam os meus parabéns. (devia de ser feriado hoje, não era?)



Monday, 16 December 2013

Arritmias



Advertência:(sugerida por Rafael Pinto Borges -para que não se leia a coisa)


Existe uma arritmia ténue

no coração de quem recusou

o amor de outrém, um coração
ténue que se sobrepõe ao que
já se tem.


(valter hugo mãe)


Thursday, 12 December 2013

to believe...

I´m no different.
i have to believe in a world outside my own mind. i have to believe that my actions still have meaning, even if i can't remember them. i have to believe that when my eyes are closed, the world's still there.
do i believe the world's still there? is it still out there?
... yeah. we all need mirrors to remind ourselves who we are.
i'm no different.

Sunday, 24 November 2013


Isto levanta muitas dúvidas. Aqui está um produto que me faz pensar:
- serve para quê exactamente? é só pelo efeito estético?
- há em vários tamanhos ou são de tamanho único?
- portanto a ideia é *schplufpt* e já está?
- o que fazer se estiver de saia, ao balcão do snack-bar a falar com o Sr. Fernando, e isto cair ao chão? E se ele se prontificar para apanhar? A meio caminho do resgate feito pelo Sr. Fernando, deverei pontapear o senhor "sem querer" de forma a distraí-lo durante os 5 segundos necessários para eu deitar mão à "coisa" ou resta-me fingir que a "dita" é apenas um acessório do telemóvel?



Thursday, 7 November 2013

A Margarida voltou à “ribalta”.

Contrariando o nome do seu último romance “ Há sempre uma primeira vez”, a ex-critora cai pela segunda em desgraça, quando abre a boca para falar de outra coisa que não seja o amor. 
Depois do episódio 1: “Gordinhas são asquerosas e ficavam bem empaladas”, segue-se o episódio 2 “ portugueses que se manifestam contra a crise causam-me pena e repulsa”. Isto é mau. Muito mau sobretudo para ela, para a Bertrand e afins que correm o risco de ver uma baixa de vendas nos folhetins cor-de-rosa que a Margarida ass(ass)ina. Mas sejamos realistas: Isso não vai acontecer. 
E porquê? Porque como ela diz (e agora vem a parte do salvamento) a Margarida tem razão. 
Os portugueses têm mesmo memória curta. De entre várias coisas de que nos esquecemos com uma frequência irritante, é que este governo e os anteriores foram escolhidos pela maioria. 
Fomos nós que os colocámos no pedestal em qu(e)estão. 
Não me parece que eu possa chamar de assassino a um tipo que passa por mim na rua e a quem eu dou uma arma e toda a liberdade para que ele me mate. Quando muito, a isso, eu chamo morte consentida. Eutanásia, portanto. 
Ora, tendo em conta que as manifestações nas galerias do parlamento (e foi contra este tipo de manifestação que a senhora se insurgiu) resultam sempre neste tipo de insultos aos deputados e demais membros do governo, parece-me a mim, são completamente inúteis e sim, também fico triste quando vejo pessoas que querem ser respeitadas mas não se dão ao respeito. 
Não sou contra as manifestações, entenda-se, sou é a favor de mais acção e menos crítica fácil. Sou a favor de que as pessoas se unam no sentido de conhecerem bem as regras do jogo (político) de forma a serem capazes de reconhecer os seus vícios e eliminá-los de uma vez por todas ou na hipótese mais realista, minimizá-los.
A Margarida ainda diz: "Não foi este governo que colocou o País na situação em que ele se encontra. Houve vários governos anteriores, com medidas suicidas, que nos puseram na situação em que estamos hoje". 
Independentemente de muita gente achar que este é o pior governo de sempre, e é legítimo que assim se pense, convém não esquecer (e aqui voltamos à memória curta) que o País não está na situação em que está por culpa exclusiva do executivo de Passos Coelho. Ou querem lá ver que estava tudo a correr lindamente antes de ele ter chegado ao poder? 
Vamos agora transformar o nosso passado recente num cenário mais cor-de-rosa que os livros da Margarida e acreditar que o país estava numa óptima situação financeira e que de repente, mergulhou na miséria? Ou que o défice estava muito baixo e de repente disparou? Ou que as taxas de juro estavam quase a zero e nestes dois anos e meio foram por aí acima? E que tínhamos todos muito dinheiro, e muitas regalias e muitos direitos e muitos subsídios e viveríamos felizes para sempre? Não, não, não e não! 
O País tem vindo a ser arruinado, sucessivamente, pelas políticas definidas pelos governos dos últimos 30 anos sejam eles mais à direita ou mais à esquerda. E nós aceitámos essas políticas! Independentemente de termos sido engolidos por uma crise económica e financeira que nasceu no exterior, provocada pela ganância das instituições bancárias, nós temos a nossa quota de responsabilidade. Porque não pensámos nas consequências das nossas escolhas: Dos empréstimos que pedimos, do comodismo que nos paralisou e nos impediu de lutar contra o pousio em que deixámos os nossos campos agrícolas, contra o desmantelamento da nossa frota pesqueira, contra o encerramento da nossa industria, contra a atribuição “ a torto e a direito” de subsídios para tudo e mais alguma coisa. 
Eu sei que custa admitirmos “Mea culpa”, mas seria honesto da nossa parte fazê-lo.
 Eu sei que não podemos paralisar, e ficarmos de olhos fechados para a realidade cada vez mais triste que se abate sobre quem já tem tão pouco para sobreviver. Eu sei que não podemos ficar indiferentes à “vida por um fio” de tantas famílias, dos nossos idosos, das nossas crianças. Não podemos! 
É preciso agir sim, é um facto. Mas, a questão é: interromper o plenário, atirando resmas de papel aos deputados enquanto lhes chamamos filhos da puta, vai mesmo permitir que as reformas dos mais velhos lhes volte a descansar a alma? Vai mesmo permitir-lhes saber que já podem ir à farmácia levantar a receita na totalidade e ainda lhes sobra dinheiro para irem ao supermercado? 
Vai realmente levar-nos à concretização do nosso desejo mais que legítimo de ganharmos mais que os míseros 485euros de salário mínimo? Ou vai presentear-nos s apenas com a efémera satisfação da vingançazinha básica, só porque sabemos que chateámos alguém? É claro que não concordo com tudo o que a Margarida disse.
 Quando ela diz por exemplo que "Há medidas que, não sendo populares, são as únicas medidas possíveis". Não me parece que haja apenas um caminho para atingir um mesmo fim. Há o caminho definido por este governo, mas haverá seguramente outros, não sei se mais ou menos eficazes, mas a verdade é que há outros. 
O grande problema é que ninguém apresenta outros. Critica-se. Diz-se mal de tudo e mais alguma coisa. Disparam-se as línguas afiadas em todas as direcções, destila-se veneno para tudo o que mexe os olhinhos, mas alternativas que é bom…nem vê-las. 
É evidente que não é o cidadão comum, que não percebe patavina de economia e outras ciências essenciais à boa governação deste ou de outro país qualquer, que deve ou tem capacidade para encontrar caminhos que nos levem além crise. Mas podemos ao menos parar de enfiar a cabeça na areia, podemos parar de apontar o dedo para os outros gritando que a culpa é só deles. 
Podemos parar de querer que as coisas voltem a ser como eram. Porque podemos (alguns de nós) ser menos cultos ou menos conhecedores das matérias que determinam a nossa qualidade de vida, mas o bom senso é algo que deve prevalecer. E o bom senso diz-nos que quando se vive com dinheiro que não se tem e quando não se produz, nada de bom podemos almejar. 
E é desta forma que “dou a mão” à Margarida. É deste modo, que como ela, dou uso à minha liberdade de expressão e mergulho de cabeça nesta tal democracia que tanto queremos preservar, e a “salvo” dos ataques a rodos de quem tem sido alvo nos últimos dias. Porque, por muito mal que tenham sido escolhidas as suas palavras, ela espelhou muito do que eu penso. 
Aquilo que me separa dela – para além dos meus parcos rendimentos que não me chegam para ser “dondoca, e de eu pertencer ao grupo das gordinhas que “mijam nos becos e dizem palavrões”, bem diferente de partilhar com as giras (como ela), todo um mundo novo onde nunca se pode “pisar o risco”,- é que tenho bem presente que muitos dos que se manifestam não têm falta de inteligência, como diz -Sua-Alteza Intelectual- , e sim falta de comida para si próprios e seus filhos.


P.S. (Quanto aos livros da Margarida, se quiserem ir para a rua neste inverno, fazer fogueiras com eles, digam-me que tenho por aqui alguns com os quais posso contribuir).



Tuesday, 22 October 2013

Frio. Chuva. Trovoada. Nuvens. Nevoeiro. Árvores despidas. Folhas no chão. Poças de água. Castanhas assadas. Luvas. Cachecóis. Botas. Noites longas. Sol de inverno. Luzes da cidade. Lareiras. Tardes de sofá. Livros. Chás. Cinema. Torradas. Com muita manteiga. Vou voltar a ser feliz! :)

Monday, 30 September 2013

Ninguém vota pelos teus lindos olhos




Ontem os caldenses tiveram a noite eleitoral que mereceram.

Os candidatos, esses homens e mulheres que na opinião dos que não votaram, apenas procuraram “tachos”, “idem-idem, aspas-aspas”. Ou seja, cada um teve exactamente aquilo que cativou.

Seja porque já tinham um historial de trabalho credível para mostrar ou porque se empenharam nas campanhas o quanto bastou para que outros movessem os rabos do sofá durante o dia de domingo, e fossem debaixo de chuva a votos.

Correu-se ao sufrágio nas Caldas da Rainha, sem qualquer verdadeiro sentido de mudança. Cerca de 52% optaram pelos seus habituais programas em família em vez de uma deslocação rápida às urnas para deixarem uma cruzinha no seu candidato preferido. É provável que não tivessem candidato preferido.

Ainda assim, um voto em branco vale mais que mil críticas, e todos os que não exerceram o seu direito cívico de escolher quem os represente nos órgãos autárquicos perderam efectivamente o direito de criticar.

Quanto aos candidatos: Tinta Ferreira não ganhou porque tem o melhor projecto para os caldenses. Ganhou porque teve a melhor máquina partidária por trás dele.

Rui Correia não perdeu porque não fez uma boa campanha. Perdeu porque não foi credível.

Teresa Serrenho não surpreendeu,- nomeadamente com a vitória na Foz do Arelho- porque teve uma boa equipa ou um bom programa. Surpreendeu porque era apenas líder de um movimento de cidadãos, que empenhados, determinados e conscientes de que tinham que fazer um bom trabalho de campanha, esforçaram-se para isso, mexeram-se a todos o gás, colocaram ao serviço do seu projecto todos os meios que tinham, e os que não tinham, inventaram.

Manuel Isaac foi sem dúvida o grande derrotado nestas autárquicas de 2013. O que é que lhe faltou? Não é uma cara nova, pelo contrário, bem conhecido dos caldenses, contava já com um bom historial de trabalho feito, soube constituir boas equipas e tinha efectivamente um dos melhores, senão o melhor programa para as caldas. Ainda assim, não subiu na contagem dos votos e arriscou-se mesmo a perder a única freguesia que detém a bandeira do CDS/PP no concelho: Stª Catarina. É que Manuel Isaac esqueceu-se -por comodismo ou excesso de confiança nos bons resultados- de fazer o “trabalho de casa”, de uma aproximação efectiva ao eleitorado, de dinamismo na campanha. Manuel Isaac perdeu porque, demasiado certo de estar agora entre rivais inferiores, não contou com os votos de protesto que fugiram na sua grande maioria para o Movimento Viver o Concelho.

Daqui a 4 anos Isaac lembrar-se-á desta derrota e saberá que em nenhuma parte do mundo se ganham votos porque nos emoldura o rosto, um par de olhos bonitos. E Isaac, até pode ter olhos bonitos, mas faltou-lhes a eficácia para ver, que o trabalho durante uma campanha eleitoral é a par de um bom projecto, a razão que levará os caldenses a coloca-lo no lugar que, desde há vários anos, ambiciona sem no entanto, fazer o bastante para o conquistar.

Olá, eu sou o Matthew

O Nuno e a Liliana têm um filho lindo chamado Matthew. Na verdade, ele podia até ser feio como uma noite de tempestade, que ia dar ao mesmo. Mas dá-se o caso de ser mesmo lindo e de apetecer dar beijinhos naquelas bochechas.
O Matthew é surdo profundo. Para poder ouvir precisa de implantes cocleares. Apenas um dos implantes é comparticipado pelo Estado. O outro têm de ser os pais a pagar. E custa 30 mil euros. Os pais não têm essa massa toda. O pai, no entanto, tem uma ideia e um projecto que gostava de levar para a frente, de maneira a angariar fundos e, assim, poder dar o segundo implante ao seu amor.

Este não é um pedido de dinheiro para alguém ir tentar a sorte num país estrangeiro, sem se saber se consegue ou não essa sorte. Este é um pedido (que nem sequer é de dinheiro mas de Gostos) que tem um destino concreto: vai direitinho para o implante do Matthew, permitindo-lhe ouvir o mundo. A música. A voz dos pais. O chilrear dos passarinhos. As lições das professoras. Os raspanetes. As declarações de amor. A vida, em suma."
Façam-me um grande favor e vão a esta página:https://www.facebook.com/silentesculpture






Duas coisas que ninguém nos obriga a ser: hipócritas e bestas.



Lembro-me de ter visto na televisão um programa em que uma gralha, equilibrada no braço de um semáforo que atravessava a via rápida, num momento calculado, deixa cair no asfalto uma noz que tem no bico e vê-a ser esmagada pelo pneu de um carro que passa. Depois, num ruminar estratégico digno de um Júlio César às portas da Gália, a gralha espera que o sinal fique vermelho e mergulha em voo picado para o chão, recolhendo apressadamente os bocados esmagados da noz. 
Recordo-me de uma outra que, em cativeiro olha com olhos de ver um tubo de vidro estreito em cujo interior é colocado um cesto pequenino com comida. O cesto tem asa e tudo. Em cima do tubo, na horizontal, está um arame fino e direito com cerca de vinte centímetros. 
A gralha olha para aquilo e pensa, imagina, coloca hipóteses… Primeiro, pega no arame com o bico e introdu-lo certeiro no tubo, mas não consegue sacar o cesto. Tira o arame, pensa mais um bocadinho, voa com ele no bico até ao poleiro, preso a uma parede com fissuras, e enfia-o num pequeno orifício. Empurra-o com o bico até lhe curvar a ponta em forma de anzol, retira-o, voa de novo até ao tubo, espeta com o arame por ali adentro e engancha a parte retorcida na pega do cesto, puxando-o para cima. Come o que estava lá dentro, regala-se de se ver tão esperta. 
Enquanto engulo mais uma garfada de bife do lombo, recordo os chimpanzés, capazes de interiorizar um léxico superior a sete mil palavras e que, carregando nas letras de uma máquina, compõem frases como: eu quero água (assim mesmo, com sujeito, predicado e complemento directo), gosto de ti ou estou triste. 
Sim, esses mesmos chimpanzés, que encarceramos nos zoos para gáudio das nossas criancinhas, e que embalam os seus bebés, atrás das grades, como nós as embalamos a elas (parecendo, até, que também lhes cantam ao ouvido). E as formigas? Que, em África, constroem formigueiros gigantes dotados de sistemas de ar condicionado, cuja sofisticação é digna de um open space no centro de Manhattan? E a cadela da minha amiga Vera? Uma pequinois gentil que um dia se travou de amores por uma ninhada de gatinhos órfãos com empenho tal que ela, que nunca havia sido mãe, encheu as maminhas de leite e alimentou-os a todos até lhe terem o dobro do tamanho. 
Ainda hoje, quando brigam com o outro cão lá da casa, preto e grande, ela atira-se-lhe ao focinho até que ele, esparvoado com tamanho arrojo, desiste dos seus intuitos trucidantes e mastigadores. E lá acaba a lamber os gatos, como uma mãe que seca as lágrimas do filho com as costas da mão e lhe sussurra "pronto, pronto, já passou". Ok, ok, nunca vi um porco a andar de bicicleta, mas já vi um polvo a desatarrachar um frasco com os tentáculos e a abrir a fechadura de uma porta de entre várias, aprendendo que era aquela que lhe permitiria sair (ou entrar). E bastou-lhe uma única vez, sem estímulos repetidos ou qualquer outro engodo pavloviano, uma única vez, caraças! E o bicho ficou a saber para sempre qual era o caminho da liberdade.
 E aquele mistério dos elefantes, que vão todos morrer ao mesmo sítio, e o das baleias, que se suicidam aos molhos de encontro à praia, e o dos golfinhos, que derramam ternura sobre crianças doentes e as ajudam à cura, sem nada pedirem em troca? 

Por tudo isto, lamento não me conseguir livrar do pé para a mão de tantos milénios de escravidão à voragem carnívora que os antepassados me inscreveram no ADN, e de me vergar amiúde, ao peso de uma gula que me deixa à mercê de um bom bife do lombo com molho à café. 
Às vezes, no entanto, sou atacada pela calada da noite por estertores franciscanos e dou por mim a pensar que isto de comer animais mortos que são quase meus irmãos e que de mim diferem, apenas, por milionésimos de ADN, é assim como que uma espécie de canibalismo e que, para além de os comer, ainda os destrato com aquela sobranceria própria dos humanos, o que não está nada bem. 

O prólogo é sempre o mesmo: determinada, a cada ataque sorrateiro de culpa, acabo na fila de um qualquer restaurante vegetariano e finjo proveito, embora quase vomite com a consistência espumosa do tofu e do seitan. Ao fim de uma semana de jejum vegetariano a experimentar todas as receitas de massa e batata com courgettes que me aparecem nas revistas femininas, começo a ter sonhos eróticos com bifinhos de perú e bitoques, de preferência com ovo a cavalo. Não sem deixar de admirar profundamente quem o consegue, diga-se. Acho, aliás, que um vegan convicto se encontra num estádio superior da existência: mais perto da perfeição, de Deus ou seja lá do que for que represente aquele todo místico em que eu própria acredito. Mas eu por aqui continuo, no meu limbo moral privado, resignando-me à ideia de, na reencarnação seguinte, vir a este mundo sob a forma de uma aranha peluda, nojenta e potencialmente espezinhável logo na primeira semana de vida. 
Não obstante esta fraqueza assumida, intuo facilmente que somos todos muito estúpidos e que, se não conseguimos deixar de os fazer sofrer para nosso prazer (nos matadouros, nas touradas, na caça, no circo), ao menos que não estejamos tão contentes com a nossa presunçosa superioridade no pódium da cadeia alimentar e tão convencidos de que somos muito mais espertinhos do que eles, os animais, essas bestas irracionais que sobreviveram ao dilúvio na arca flutuante de um velho lunático, apenas para se reproduzirem e nos servirem.

Quando se fala de defender animais, defender os seus direitos, não significa que estamos a tentar dar-lhes direitos de cidadania. Apenas e só, quem defende o seu direito à vida, defende apenas isso: O seu direito à vida. Não se entende por isso, que todos passemos a ser vegetarianos e que não os possamos matar para consumo. Apenas que, aos animais criados para consumo seja dada a dignidade de uma existência pacífica e digna e na morte lhes seja dado um fim, o mais indolor possível. A isto chama-se respeito por seres que, não sendo iguais a nós, não são também inferiores. São apenas diferentes. A nossa pretensa “superioridade” devia permitir-nos perceber isso.

Um porco consegue memorizar entre 500 a 600 palavras e entender os seus significados. Tem um ADN muito idêntico ao dos humanos e imaginem, se o porco aprendesse a verbalizar como nós, poderíamos com as suas 500 palavras, conversar com ele. Claro que todas as limitações do porco o impedem de dialogar com os humanos. Mas nós também nada sabemos dos seus roncos, ou o que significam, nem tão pouco aprendemos a sua forma de comunicar. E somos “superiores”. Outra coisa que sabemos: Somos 7 mil milhões de humanos no planeta. Conseguiríamos alimentos se abdicássemos todos de consumir carne? Não creio. Com tantas bocas para alimentar será viável, desistir da criação de animais em bloco, compactada em espaços infernalmente exíguos? Talvez isso não seja possível. Pelo menos para já.

Se eu pensar que nos aviários os frangos nascem e morrem sempre na mesma posição, sem qualquer hipótese de se movimentarem 1metro que seja, durante toda a sua vida, e que, para que eles se mantenham imóveis e não constituam ameaça para os seus pares, lhes são cortados os bicos e as patas (em vida) … Que aos patos lhes são enfiados tubos pelas goelas abaixo, e que assim passam toda a sua existência sobre este planeta, sendo incessantemente alimentados, para depois da morte, se transformarem em foie gras, que as vaquinhas que nos dão a carne e o leite vivem da mesma forma, toda a sua vida em espaços exíguos, sem o vislumbre de um raio de sol, ou relva fresca…bem… nós somos umas bestas. Mas esta bestialidade justifica-se infelizmente pela necessidade de alimentar 7 mil milhões de bocas.

.Mas não justifica a crueldade com que tratamos os animais noutras circunstâncias. Arrepia-me a festa em que se celebra a perícia de um cavaleiro, espetando farpas no lombo de um animal, que antes disso já foi electrocutado nos testículos, (não importa se o animal é um bovino preto, um touro bravo, um crocodilo ou uma toupeira), é estúpido! Se o objectivo maior do sofrimento que infligimos seja a quem for, é o nosso prazer imediato e não uma necessidade, é estúpido! Ontem mesmo recebi uma mensagem de alguém que dizia: “ Você nem sequer sabe o que é um touro bravo!” Apeteceu-me mandá-lo catar-se! Defendam os senhores da tauromaquia, a sua arte, da forma que entenderem. Mas não digam que um touro bravo é uma raça distinta optimizada para sofrer na arena, geneticamente modificada para não sentir dor! Nem tão pouco digam que hoje ainda é aceitável que se torturem animais gratuitamente, porque a actividade faz parte das tradições ou da cultura de um povo. Ao longo da nossa história, o homem bem ou mal, tem evoluído no sentido de perceber que o que já não nos serve deve ser mandado fora. É esta a luta dos que condenam as touradas. Queremos apenas que se comece finalmente a perceber que há que separar o trigo do joio. Sermos bestas por necessidade, é um mal, mas é um mal menor. O mal maior é sem dúvida, sermos bestas por hedonismo.

Porque (quem sabe?) talvez os touros, sejam eles quais forem, temam as multidões e aterrorizados tentem defender-se como podem da perseguição do cavalo, das farpas e do barulho ensurdecedor à sua volta, (levando por vezes à morte, cavaleiros e forcados). Talvez as preguiças gostem de sexo tântrico e por isso demorem horas a assegurar a sua descendência; e talvez os leões, bichos gregários por natureza, tenham problemas com a sogra e já não a possam ver à frente; e os ursos, quando hibernam, sofram de claustrofobia e depois tenham pesadelos; e os pinguins, todos iguais e aos milhões, tenham crises de identidade; e os salmões, tenham tendências depressivo-suicidas e por isso venham morrer rio acima; e as baleias, saibam de facto cantar, e algumas de entre elas sejam prima donnas com direito a privilégios especiais de diva e a camarote individual; e as coelhas só tenham orgasmos múltiplos e por isso fodam tanto; e os gatos sintam um profundo desprezo pelos humanos e por isso não os olhem quando eles os chamam; e as formigas não gostem de estar sozinhas; e as toupeiras sofram de agorafobia; e os cães se comportem como groupies à beira da histeria porque nos adoram, e quando crescerem querem ser como nós, as pessoas, os seus maravilhosos donos. Quem pode garantir que não seja assim? Quem? Talvez que o universo em que se move esta Terra onde nos encontramos mais não seja do que um grão de poeira reflectido na retina de um grilo e, este, um habitante microscópico de um outro planeta, em órbita numa galáxia diferente e encaixada num universo muito maior. Portanto, "bora" aí apanhar do chão um bocadinho de humildade, dessa que anda por aí espalhada, que todos espezinham e ninguém quer, assumir a nossa ignorância no que respeita a esta merda toda e ter algum respeitinho, designadamente, pelo grilo.

Saturday, 21 September 2013

Pais & Amantes



Se decido postar o que se segue em plena madrugada de sábado, é por uma boa razão. Depois de ter obrigado a gaiata-que-minerva-até-à-exaustão-com-excursões-nocturnas-não-autorizadas, a voltar para casa submissa a um castigo que lhe vai durar todo o fim-de-semana, deixei a minha orelha esquerda a cozer ao telemóvel durante 2 horas seguidinhas de conversa deprimente e perturbadora.


A causa: Um divórcio. Não o meu, (que isso já foi chão que deu uvas),mas o de uma amiga que agora chora desalmadamente o leite derramado e não vê maneira de remediar o mal feito. E por isso e também porque os bons conselhos nunca são de mais (e ainda por cima, são de graça), aqui fica um especialmente dedicado à malta casada, juntada ou amancebada, embarcada nessa conquista viking que é ter filhos pequenos:

Excepto em caso de doença, pesadelo, tristeza reconhecida notarialmente ou trovoada ribombante, não deixem os vossos rebentos dormirem convosco na cama.


Caso não saibam, desde já vos informo que não é o facto de terem filhos em comum que faz de vocês um CASAL a sério perante os deuses, os homens ou entidades intermédias. Não. Precisam também e em especial, de:

- porta do quarto fechada + reboliço entre os lençóis + gemidos abafados + risos atravessados + porta do quarto aberta + pésantepés corredor fora + assaltos ao frigorífico às quatro da manhã + líquidos bebidos pelo mesmo copo + dedinhos do outro lambidos com esmero.

Para que tal seja possível, ensinem o vosso filho, desde aquele primeiro dia em que o têm nos braços, a gostar do seu próprio quarto e a confiar incondicionalmente naquelas quatro paredes. Se preciso for, fiquem la com ele até que perca o medo, deitem-se no chão ou onde for, mas não o deixem invadir um espaço que é vosso ( tal esforço é uma espécie de PPR com benefícios fiscais: acabará por ser recompensado). Caso contrário, preparem-se para um casamento incompleto, frustrado, cortado a meio e noves fora nada.

- Pisguem-se sempre que puderem, mas só os dois, não sejam lorpas. Têm avós, tias, amigos, baby sitters, disponíveis para vos aturarem os rebentos durante três dias? Óptimo. Digam-lhes bye-bye sem olharem para trás, segurem a lagrimita que teima em cair, desapertem o coração e façam-se a uma pousada, a um parador, a uma pensão, a uma noite ao relento. Só os dois. De preferência, dêem aos hóspedes do quarto ao lado um bom motivo para se queixarem ao gerente, no dia seguinte.


Cheguem saciados, de mãos dadas, sorriso imbecil agrafado no rosto e prontos para pegarem plos cornos mais uns meses de procissão familiar e êxtases em surdina. E nunca, por nunca, digam orgulhosamente cá eu, não vou para lado nenhum sem os meus filhos, se eu vou, eles vêm também. Desenganem-se: não é por causa disso que são melhores pais, nem que os outros vão achar que vocês são melhores pais. Aliás, são melhores pais, quanto mais felizes forem; para serem felizes, entre outras coisas, têm que se tocar com indecência, têm que se comer como perninhas assadas de frango caseiro e que se chupar um ao outro até ao ossinho; enfim, têm que se amar, pornograficamente, amar.

Por isso, caro/a leitor/a: se a tua cara-metade insistir para que viajem sempre todos juntos para todo o lado, atreladinhos uns aos outros que nem comboio de feira, desconfia e pensa bem na vida. É muito provável que tal signifique que não quer estar a sós contigo, daí ensanduichar os miúdos entre vocês. Não é por nada mas… o amor é uma chama que só arde se alimentada e por muito menos que isto, muitas relações acabam às escuras.




Saturday, 14 September 2013

As grandes descobertas da ciência, são sempre obra do acaso!



Acabei de ler que a amiga de "uma mente quase perigosa" depois de ser informada acerca dos cms que compunham o membro do gaijo que lhe cativava a atenção, chega a casa e agarra numa régua (ela não tem assim uma ideia muito exacta das medidas). Acontece que a régua era do seu filho (moço pikeno). Impressas na régua de 15 cms, estavam 3 imagens do Winnie the Pooh.

Palavras sábias saíram da sua boca: "2,5 Winnie the Poohs... Certo..."

E assim foi criado o sistema moderno de medição de pilas: os Winnie the Poohs ou, em abreviado, os WP's.

1 WP = 5 cms









Thursday, 12 September 2013

Disconnect

Acabei agora mesmo de ver. Disconnect é uma história intrigante que envolve várias pessoas numa trama cruel só possível graças às ligações virtuais que se vão criando por aqui. O enredo de "Disconnect" centra-se no impacto que a Internet e as formas modernas de comunicação têm na vida dos seres humanos. Alexander Skarsgard interpreta um ex-fuzileiro naval que procura um affair após ser emocionalmente rejeitado pela esposa. Grillo é um pai solteiro, perito em computadores, que procura proteger o filho de 15 anos dos perigos da Internet mas não sabe que este último mantém uma relação online. Nyqvist dá vida a um individuo que o personagem de Skarsgard acredita ter roubado a sua identidade. Risenborough interpreta uma jornalista, que investiga uma história sobre um jovem modelo que posa nu na web. Histórias que podem ser as nossas e que nos alertam para os perigos da nossa ligação ao mundo virtual. Não tem efeitos especiais,enredo fantasioso nem elenco de luxo, mas é tão realista que vale mesmo a pena ver.



Tuesday, 20 August 2013

So Fucking Love

O amor é fodido. hei-de acreditar sempre nisto. onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido (…)e por que é que fodemos o amor? porque não resistimos. é do mal que nos faz. parece estar mesmo a pedir.de resto, ninguém suporta viver num amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. tem de haver escombros. tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz.e um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.”[...]
( Miguel Esteves Cardoso)....( Gosto especialmente da ultima frase ...:))))

Tuesday, 30 July 2013

50 sombras cinza



As cinquentas sombras de um Grey, que por si só é cinzento o quanto baste…

Falar deste livro é perigoso. Corre-se o risco de descambar para a crítica fácil (isto porque é mesmo muito fácil criticar a obra). A obra? O povo ancestral da Mesopotâmia, (pais da escrita, na altura cuneiforme) devem ter dado voltas ao túmulo quando a senhora E. L. James, vomitou para o mundo inteiro a sua literatura masturbatória. Atenção que eu nada tenho contra literatura masturbatória nem mesmo contra a pornografia em geral, mas ler mais de 500 páginas de relatos de virgens universitárias entregues ao sexo depravado, perigoso e (segundo a autora) altamente satisfatório, é dose!

A única coisa que se aproveita aqui, são os gajos que por acaso até são lindos de morrer, que por acaso até são multi-milionários e que por acaso até oferecem audis e macs e blackberrys em troca de uma ausência total de cuecas em jantares familiares. Infelizmente (para frustração do leitor) o sexo nem é depravado, nem perigoso, nem sequer é excitante. Se alguém já pegou num destes livros com o intuito de dar a si próprio uma alegria orgástica, desiluda-se desde já, pois tudo o que consegue é mandar umas gargalhadas (vá lá, se calhar o riso é o novo ponto G). As supostas tendências sado-maso do Sr. Grey ficam-se por pactos de submissão (que não incluem orgias, nem nada que se possa considerar imoral ou humilhante) que por acaso ninguém cumpre. A sério que levar com um cinto de cabedal no rabo é o mais extremo que a desgraçada da Anastasia consegue aguentar?

Bolas chinesas é sado? Sou uma precursora da nova sexualidade moderna, está-se mesmo a ver… E sobre o sexo ser altamente satisfatório, enfim, o Grey e a virgem que fornicam que se fartam, pelo que as leitoras (duvido que algum homem tenha paciência de ler para além do prólogo…ah…o livro tem prólogo?…nem sei.

Se calhar não. Afinal em pornografia para quê preliminares?), podem deleitar-se com aproximadamente duzentas e quarenta e oito variações de estupidificante (e repetitivo) pinocanço vaginal.

Viva o sexo na banheira! Viva o quarto do Desejo Proibido, vivam as f** na cama de ferro com as mãos atadas numa gravata cinzenta.

E agora digam-me lá meus amigos que estão desse lado do ecrã e que já desfrutaram desta magnífica obra de humor universal: é impressão minha ou as quecas são mais do estilo rapidinhas, ao modo coelho, que terminam SEMPRE com orgasmos simultâneos?

É impressão minha ou o Mestre de maléfico não tem nada?

Mas que raio de SUPER-GAJO-DO-SEXO-BRUTAL é este que rebenta logo com a escala do prazer assim que a submissa morde o lábio?

Mesmo considerando a E. L. James a nova promessa do humor literário e as Sombras do Grey um passatempo fundamental para manter um sorriso nos lábios (os de cima, atenção), alguém que já tem mais de 35, tem também uma vida para além do trabalho, contas para pagar e putos com que se preocupar, certo?

Quero com isto dizer que há sexo em mais de 3 décadas de vida. E cada um de nós, algum respeito por si próprio. É por isso que chegar à triste constatação que dezenas de milhões de mulheres (será exagero?) all over the world têm nesta fantochada o novo manual do pós-feminismo, a mim, até se multiplicam as urticarias, não me lixem! Quanto mal fez ao gajedo planetário a Shonda Rhimes e as séries infantiloides e descerebradas como o Sexo e a Cidade ou o Scandal, senhores! Digo isto, obviamente, porque em todas elas, as mulheres são postas ao nível de acéfalas que não podem ver um gajo giro com profundos problemas de empatia e sociabilidade (e com dinheiro e poder, óbvio) à frente, que começam logo a ter convulsões vaginais como se não houvesse amanhã. Do sexo selvagem e desenfreado à paixão mais tórrida é um instante, (segundo dizem) porque uma mulher nasce para amar e ser amada. E transformar um sociopata num marido perfeito?

Esta é a verdadeira obra! Aqui na fabulosa Trilogia Grey (de que só li o primeiro volume porque até eu tenho os meus limites) repete-se o mesmo esquema: gaja sem qualquer tipo de experiência que cai rendida de amor aos encantos do perturbado Charming Prince que no fundo sofre e não sabe o que lhe convém até que a conhece e se apaixona perdidamente por ela. Como se o amor fosse o todo-poderoso.

Como se o amor redimisse, mesmo que à base da submissão (ai, ele é ciumento, ai ele gosta de me mandar fazer coisas que fazem corar o diabo, ai eu estou fascinada pelo poder sexual e por chibatadas).

Amor possessivo e muito luxo. Será que é isso que as mulheres de hoje querem? Demonstrações de amor que incluam viagens de avião ao amanhecer, um carrinho (topo de gama e alta cilindrada novo), um gajo ciumento que não as larga, e sexo extremo, extremo nem que seja só um bocadinho para as assustadiças e complacentes Capuchinhos não fugirem a sete pés?

Sinceramente, até a minha Deusa Interior ficou decepcionada...Mas claro, ela não se excita com a promessa de domesticar o Lobo Mau. Deve ser porque está habituada a ler literatura para gente crescida. Uma pergunta final: A Senhora E.L. James, ficará muito ofendida se eu lhe guardar a obra, naquele cantinho que fica entre o bidé e o cesto da roupa suja? Não é por nada, mas pelo menos dava-lhe utilidade naqueles dias em que me esqueço de comprar o papel higiénico.

Saturday, 20 July 2013

É ou não é demagogia?



Se o Sr. António José Seguro estivesse mesmo interessado em salvar o país, teria mostrado alguma honestidade ao invés de dar azo a esta promiscuidade politica que revelou nos últimos dias.

Talvez muitos portugueses não se tenham dado conta, mas enquanto decorriam as negociações para o acordo, o pretenso futuro PM, votava a favor da moção do PEV. É inequívoco para mim, que só pessoas que por tradição ( e não mais que isso) votam sempre PS, acreditam nas suas patranhas.O PS por definição é o partido da demagogia, e conta maioritariamente com os votos dos velhos deste país.

Não é novidade nenhuma para ninguém que a população sénior constitui um importante eleitorado socialista. Esses e aqueles que para além de pobres materialmente também o são de espírito e de capacidade intelectual. Como temos um país cheio de velhos e de pobres , uns e outros na sua maioria iletrados e papagaios das opiniões alheias, gente portanto, que não pensa pela sua própria cabeça nem tem capacidade para tal, o partido socialista vai seguindo e somando e já se prepara ( freneticamente para subir ao poleiro).

O Sr Seguro, é tão evidente na sua ânsia pelo poder, que sinceramente me enoja. ( podia ao menos disfarçar um bocadinho.) O actual governo lixou-se literalmente para tentar resolver situações complicadas que o executivo de José Sócrates (e outros anteriores) criou, e agora vem o Sr. Seguro armado em herói, estragar o que está a ser bem feito, para, como os portugueses gostam , aliviar-lhes a carteira , sem ao menos ter a honestidade de avisar os portugueses que esse alivio que todos desejamos tem um preço, e a que a seguir é preciso pagar. Outra vez.

E outra vez se for necessário. E que é por isso que Portugal nunca foi um país próspero, nunca avançou como os seus parceiros da União Europeia, que na hora certa souberam fazer ajustes, para voltar a crescer.

A verdade é que Portugal nunca teve políticos à altura. Nunca tivemos governantes que percebessem efectivamente o verdadeiro potencial do país. Nunca se focaram naquilo que nós temos de melhor e de mais vantajoso em relação ao resto da Europa. O nosso mar, o nosso solo, o nosso clima, as nossas praias...as ilhas...e as infraestruturas que nos podiam ter dado um grande avanço, se quem nos governou nos últimos 30 e tal anos, tivesse visão e sentido estratégico: O porto de Sines, as Lages...as nossas barragens...

E o que dizer dos nossos cérebros? Daqueles que se formaram por cá, que são muito bons no que fazem e que acabam por dar o que têm de melhor a outros países, só porque nunca tivemos um governo que apostasse na área cientifica e tecnológica? E a Educação? Gastaram-se rios de dinheiro em cursos que pouco deram a quem os frequentou e que só contaram para as estatísticas.

Hoje temos uma panóplia de gente com diplomas do 12º ano mas que na verdade não tem mais que o 4º! Isso é que é desenvolvimento? É esta arte que os socialistas têm para mascarar a realidade que nós queremos para o nosso país? Eu prefiro a solidez das coisas bem feitas. Das coisas que levam o seu tempo e que até podem ser dolorosas durante alguns anos, mas que depois são resistentes, verdadeiras, duradouras.

Não quero para Portugal o partido do faz de conta, dos remendos, da demagogia, do discurso fácil e popular, do facilitismo em toda a linha, sem a previsão séria e calculada dos riscos, das desvantagens , das consequências. Não quero para o meu país um partido que gasta hoje o que me vai faltar amanhã.

Que gasta hoje, o que vai faltar aos meus filhos e netos amanhã. Ou será que já toda a gente se esqueceu que temos filhos e que eles terão os deles...que país lhes queremos deixar?


Friday, 12 July 2013

Os meus dias do Fuck Off Facebook:



Sim, para voltar a viver depois de um coração partido têm que desamigar o sujeito(a) que vos partiu o coração. A máquina trituradora do amor, o docinho, a coisinha, a pumpkin, a cotovia, o zégão. O facto de uma máquina trituradora do amor continuar a viver, a conviver, a ouvir músicas - mesmo que não ...sejam as nossas - a rir, a rir alto, meu deus, a rir alarvemente, a dizer que tem fome, que tem sono, que tem insónias, que precisa de chocolate, de coca zero, de vinho, uvas e bolos, que quer ir beber caipirinhas, que tem uma vontade louca de dançar - e ainda não conseguimos esquecer a maneira como a pessoa dançava, nem como respirava, nem como nos pedia para não ficarmos a olhar para uma parte qualquer do corpo, nem como comia, nem como, nem como nada, nem como tudo... Todas essas vontades podem bem levar-nos à loucura, pior ainda, a detestar a pessoa que antes adorávamos porque não é a nós que o nosso coraçãozinho agora diz as coisinhas todas. Portanto, como não há coisa mais triste que um amor acabado e isso e o luto fazem parte dos fins e é impossível fazer um luto de jeito quando uma super-spider continua a viver e a rir alto das piadolas parvalhonas dos outros - tudo na tela do nosso computador - o melhor é desamigar e nunca, nunca mais lá voltar, nem que seja um cagalhonésimo de micronésimo de segundo só para ir espreitar.


Monday, 8 July 2013

Óbvio:

 O desastre incontornável. Se vais fazer pontaria, não bebas. ( Baco, não voltes a embebedar o cupido:)



Thursday, 4 July 2013



Começo a acreditar que o melhor lugar para se estar no Vivaci é mesmo a Bertrand. Para além de me possibilitar resistir à tentação de comprar mais umas roupinhas (o que o meu roupeiro agradece), ainda me dá um ar de intelectual, inteligente e culta. =D
O "menino" que está ao balcão, iludido por essa visão magnificente da minha pessoa, até me perguntou: " A Doutora vai levar um ou os dois?"...

-"Doutora? Hum..., só por causa da promoção levo os dois.Mas...um de cada vez." ;).

Tuesday, 14 May 2013

O escritor português, Luis Miguel Rocha, autor de Best Sellers como " A Filha do Papa" esteve no Programa Feedback da Mais Oeste Rádio. Mais de 60 minutos repletos de temas interessantes e actuais. Livros, literatura, Igreja Católica e Vaticano. Mais de 60 minutos que valem a pena recordar.

(Parte II)

( Parte III )

(Parte IV)

(Parte V Final)

Sunday, 12 May 2013

Guys VS Girls :)))))

Friday, 10 May 2013

A Filha do Papa. Leram?



Entretanto já coloco aqui o audio da entrevista.
(Ah...e não é por nada, mas este é mesmo um dos meus autores contemporâneos favoritos.)
Luis Miguel Rocha, foi uma honra entrevistar-te!



Sunday, 5 May 2013

A mãe morreu...

Para todas as mães deste mundo e arredores. Em especial para a minha. ♥

Da mãe, os filhos só vêem o que é mãe. Só conhecem a mãe. A mãe é sopa e o cheiro dos refogados. A mãe é a mão que esfrega as costas no banho, que escova o cabelo enriçado, que seca o cabelo molhado, a mão que afaga, que estraga. A boca que sopra a sopa, que sopra a ferida. Os filhos são os parasitas da mãe. Comem-lhe o coração que cresce da noite para o dia para que nunca lhes falte o pão-coração. O que é que a mãe quer? A mãe não quer nada. Quem tem mãe, tem tudo, diz a quadra, e quem é tudo não precisa de nada. Então, o que há-de querer a mãe? Não é dela o coração que nos alimenta, que bombeia o amor que nos entra nas veias, que nos corre na casa? E quem é que quereria a mãe? Se a mãe ainda quer, se a mãe ainda sonha, se a mãe ainda crê, perde tempo. A mãe tem dois filhos. Nós somos tudo o que a mãe pode querer, tudo o que a mãe está autorizada a querer. Quando respira, é mãe. Quando passa a roupa, é mãe. Quando come, é mãe. Quando aquece o prato solitário no micro-ondas, quando, à noite, vê televisão em silêncio, quando adormece sozinha na cama, quando na cama acorda sozinha, quando o corpo se move nos sonhos e não toca ninguém, quando toma banho e a água escorre pelos veios do corpo e só a água visita certas sombras de corpo, é sempre mãe e mãe e mãe. A mãe não pode dizer nada. Não pode dizer que está farta desta merda e que quer desistir, que está cansada de ter uma vagina e um útero que só existem nas consultas de ginecologia, que só existem para as dores, os miomas, as hemorragias. A mãe não pode sofrer por ela, porque mãe é mãe, só há uma, mater dolorosa, pietà de filho morto nos braços; e a piedade que ela merece? Os braços que hão-de segurá-la? Ontem, a mãe apaixonou-se e os filhos fizemos cara de nojo, apontámos os nossos dedos mimados ao coração da mãe, que é nosso, que diariamente o comemos. Quem nos dará o coração? Quem se alimenta da felicidade selvagem que a mãe descobriu? A mãe apaixonou-se e isso foi um erro e um erro é vida. Agora, a mãe pode voltar a sorrir por ela, a sofrer por ela, a comer o seu próprio coração. Mas nós, filhos-parasita, não queremos a mãe-canibal. O livro começa assim: “Ontem, a mãe morreu.” E prossegue: “Ontem, por fim, voltou a ser apenas uma mulher.”

(Bruno Vieira Amaral)


Para os meus filhos...

Por mais anos que passem pela vida dos nossos filhos, para nós, eles serão sempre as crianças que oferecemos ao mundo. :)

♥♥

Se nós, Mães, pudéssemos transmitir aos nossos filhos apenas vinte por cento da opinião que temos deles, a sua auto-estima seria indestrutível.

Rafael e Mariana, Ninguém mais do que vocês, merece que eu vos dedique algumas palavras.

Na verdade, nenhum livro, por maior que seja, poderá ter escrito tudo quanto seria possível dedicar-vos.
Mas ainda que eu não escreva nenhum livro, ainda que as minhas palavras sejam poucas, são sinceras, verdadeiras e todas elas saem do meu coração com a esperança imensa de entrarem no vosso.
A sensação mais forte, mais profunda, que me invadiu, quando vos apertei pela primeira vez contra o meu coração foi a de DAR. Dar-vos a vida. Dar-vos alimento. Dar-vos Amor. Dar-vos segurança...
E essa sensação acompanha-me docemente enquanto vos vejo crescer!
Qual é o melhor do meu mundo... o Sol, a Lua?
O que eu não vos daria se pudesse...Mas sou apenas mãe.
Muitas vezes, nos vossos primeiros anos, fui o vosso escudo, o vosso anjo, a vossa fada.
Agora, que diante de vós se abrem os caminhos e estou cada dia mais perto de vos deixar partir, poderei sempre oferecer-vos as minhas palavras para que vos acompanhem e ajudem... Para que, inclusivamente, sorriam ao ouvi-las. Porque contar-vos experiências, agradecer-vos, pedir-vos perdão, e recordar... tudo, tudo festeja a maravilha de vos ter.
Gostaria tanto de proteger-vos...
Das palavras falsas de quem se dirá vosso amigo, da nota injusta no exame para o qual estudaram tanto, da chuva que estragou aquele tão esperado passeio, de depositarem a vossa fé em algo ou alguém que acabará por vos desapontar... De amarem a pessoa errada (não porque ela não vos agrade, mas porque não saiba fazer-vos felizes.) De serem magoados e de sofrerem, de todas as traições, decepções, doenças, tudo, tudo... E contudo eu terei de abrir-vos a porta e dizer-vos : Vão e vivam a vossa própria vida!
Um bastião de integridade, um farol para orientar corajosamente o vosso destino, assim queria eu ser para os dois, sempre.
Mas, por vezes, esta torre inclina-se, e tudo à minha volta escurece.
Então, sinto as vossas mãos no meu ombro, e ouço as vossas palavras de conforto.
Percebo nesse momento, que não estou sozinha, e tudo volta a encher-se de luz...
O meu coração está desde sempre convosco.
Já vos acompanhou na escola, no recreio. Nas barulhentas festas de aniversário, nas vossas brincadeiras com carrinhos e bonecas.
Hoje, ele acompanha-vos na cumplicidade com que trocam os vossos segredos, nos primeiros amores que vos faz bater o coração mais depressa, na emoção, com que vivem cada experiência da vossa vida pela primeira vez.
Desejo... Que descubram que as melhores coisas deste mundo, não têm preço, mas sim muito valor: Uma gota de orvalho numa pétala de rosa ao amanhecer, os entardeceres na praia, a mãozinha do bebé a apertar a vossa...
Que sim, seja a pessoa que amam quando tocar o telefone, a tempestade a fustigar as janelas, e vocês, com quem vos for mais querido, protegidos dentro de casa, a alegria do vosso animal de estimação quando regressam... A palavra Obrigada... A palavra Perdão...
E desejo que descubram que as coisas que, sim, têm preço são apenas aquelas que a vida nos dá, e que a vida pode tirar-nos tudo, num só instante. Devem por isso, viver de espírito livre , ligados unicamente ao que poderem transportar no coração.
Desejo que a madrugada vos surpreenda a conversar com amigos, a defenderem apaixonadamente as vossas convicções...
Que acreditem sim, que podem contribuir para um mundo melhor.
Desejo também que nunca cresçam por completo, que guardem no vosso coração a ingenuidade de acreditar que, por vezes, o mundo pode ser mágico, (mas nem todos são capazes de o ver),que nem sempre as causas justas são impossíveis, que há dias que amanhecem duas vezes...
Desejo que encontrem o Amor firme, profundo e quotidiano de alguém que vos saiba fazer felizes. E que o vivam para o resto da vida.
Mas também desejo que, nem que seja por uma só vez, experimentem a loucura, a paixão total e esmagadora que nos leva ao céu e ao inferno. Que a vivam plenamente...e a deixem ir, depois.
Desejo que descubram o prazer da leitura, a embriagadora sensação de viver, por umas horas, com os personagens de um romance. A fascinante possibilidade de esquecerem a inquietação ou a tristeza, viajando nas páginas de um livro, para África, ou morrendo de amor na areia escaldante de uma praia paradisíaca.
E também vos desejo, a profunda emoção da poesia. Que o vosso espírito vibre com a palavra exacta que expressa o que sentem...
Levem-me sempre no vosso coração, para onde quer que vão.
Vocês jamais sairão do meu!
Agora compreendo as mães que acreditam que os seus filhos, são os melhores do mundo.
Não vos desejo amargos ou descrentes.
Se alguém vos ferir profundamente, renasçam das vossas cinzas. Enfrentem os desafios. Nunca se sintam vencidos ou derrotados.
Não permitam que vos convençam de que tudo termina em decepção. Ergam os olhos, fitem-nos no horizonte.
E tenham fé...
Desejo que tenham fé em Deus. Que sejam sempre capazes de O procurar ou imaginar como souberem ou como poderem, mas não desistam de O encontrar.
Não vos parece que a vida seria demasiado absurda se não existisse algo mais? Basta olharem ao vosso redor para O encontrarem das formas mais diversas.
A mim… basta-me olhar-vos.

Friday, 3 May 2013

La hora chanante

Porque é que eu não encontrei isto antes? :) Com todo o respeito Iron Laidy, ainda não é tarde.


O Preço da Apatia






Há falta de informação e talvez uma certa preguiça em se tentar saber o que se passa neste mundo e que não é contado na comunicação social. A todos os níveis. Dou um exemplo:
Energia limpa (energia ponto zero). Vários inventores desde 1901 têm criado mecanismos que produzem energia sem estarem alimentados pelos meios convencionais e conhecidos.
Neste site, http://www.rense.com/general72/oinvent.htm, pode consultar a história das supressões de inventores da Nova Energia.
A geração de energia com base na energia ponto zero, em 1901 com Tesla, poderia ter redireccionado a sociedade e o planeta numa direcção totalmente oposta à que temos hoje. E teve que ser um banco, J.P.Morgan, que já nessa altura, foi protagonista da 1ª supressão. Curioso, não?
Quando eu abordo este tema com família e amigos, além de acharem que não estou bem da cabeça, não os vejo minimamente “intrigados”, ou interessados em saberem sobre algo que é a solução para a tão falada sustentabilidade e saúde do nosso planeta. E os poucos, muito poucos que se deram ao trabalho de fazerem alguma pesquisa, rematam que não se consegue lutar contra as grandes corporações, grupos económicos que controlam a energia suja que usamos.
O Ser Humano tem que saber quem está acima dos governos locais e quem os manipula descaradamente. Sem se conhecer esta realidade, continua-se nesta batalha caseira, que é sem dúvida importante e tem de ser combatida, que além de nos retirar a vontade de respirar, acaba por nos distrair dos actores globais que estão no topo da pirâmide. Estes actores,que, por andarmos quase um século a dormir e fascinados com o dinheiro fácil, criaram o seu império, e detêm hoje o controlo total dos sistemas financeiros, alimentar, educacional, energético e da saúde.
Esta insensibilidade das pessoas para este e outros temas de tão grande importância é fruto do silêncio cúmplice da comunicação social que leva à, manipulação das massas. Assuntos que envolvam lobis são tabú e este da energia ponto zero é um deles. Por muito, mas mesmo muito menos do que isto, a discussão do assunto das rendas excessivas da EDP, levou à demissão do secretário de estado do sector, e os chulos chefiados pelo Mexia puderam continuar a dormir tranquilamente.
Os portugueses continuam um povo com graves índices de iliteracia e quando gasta uns cêntimos é nos jornais desportivos e nas revistas cor-de-rosa. A ‘manipulação social’ está desta forma prontíssima a actuar.
É este o retrato que faço como uma das causas da inacreditável passividade dos portugueses.
Um exemplo: Na Islândia está um ex-ministro a ser julgado por responsabilidade na crise económica do país, além de terem mandado o FMI às malvas. Estão a recuperar da crise e nós continuamos a descer para o abismo. Na Grécia corre um processo idêntico com um ex-governante. Em Portugal, deixamos os responsáveis pelo estado do país, "viverem à grande e à francesa"(literalmente) e a muitos deles continuam a ser-lhes entregues cargos de relevo, ou proporcionando negócios chorudos como o (PPP) para continuarem a sugar os contribuintes, que continuam a dizer ‘sim senhor ministro’. Estamos apáticos é certo...mas saberemos nós o quanto ao certo, nos custará esta apatia?


A crise segundo Einstein:

"Não podemos desejar ou pretender que as coisas mudem, fazendo sempre o mesmo. A crise é a melhor benção que pode acontecer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera-se a si mesmo sem ficar "superado".Quem atribui à crise os seus fracassos e penúrias, violenta o seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas em soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la." (Albert Einstein)