A senhora da Casa dos Segredos, que se prostituía, luxuosamente,
lançou um livro. Tenho uma certa curiosidade de ver a abordagem Cinderela que, aposto, vai ser dada. Adoro este quase culto que se faz da actividade, em que se multiplicam as festas e as entrevistas, um pretenso glamour e valores altos a justificarem tudo, em que se gosta do que se faz e conhece homens fabulosos, dos que pagam para ter sexo porque os outros, os outros são uns bananas.
É sabido que há uma larga fatia da população que diz que sim, é uma actividade como outra qualquer e, junto com poses contorcionistas desnudas que observo nas redes sociais, estou a verificar nesta actividade um crescimento estimulado e aplaudido. Da minha parte nada contra, desde que não mo queiram enfiar como "profissão como outra qualquer" que eu tenho a caixa da hipocrisia cheia de outros temas, agora façam-me é um favor, vejam lá se as põem a pagar impostos. É que há valores a serem trocados por prestação de serviços que não são declarados, milhares e talvez milhões anuais, lançam-se livros e anunciam actividade, existem, se existem, quando é que vão começar usar o número de contribuinte? Não é por nada, mas já que se fala tanto em crise...