Um grupo de pessoas de bem, várias com as suas carreiras profissionais respeitadíssimas, estudantes universitários com um QI acima da média, gente pacífica, sem qualquer mácula ou beliscãozinho que seja na sua reputação, patriotas que amam Portugal e não se envergonham da história portuguesa, resolvem juntar-se para criar um grupo inofensivo, cujo único objectivo é exaltar a portugalidade, portugalidade essa que rompe fronteiras e transborda para o mundo. A página no Facebook da Nova Portugalidade, aberta a quem a quiser visitar, não tem um único “ponto negro” que se possa apontar. Não incita ao ódio, não fomenta a violência, não promove a exclusão. Cada post é um tributo a Portugal e tão somente isso. Os membros que já vão sendo muitos, publicam desde Goa, do Brasil a Moçambique, de Macau a Timor, sobre o que foi a nossa presença nesses países, sem a mínima referência a qualquer desejo de voltar às colónias, que foram o que foram e tiveram o desfecho que tiveram. A Nova Portugalidade é um grupo voltado para o futuro que mostra orgulho no seu passado. Não devia cada um de nós sentir o mesmo?
Depois de várias conferências/ palestras organizadas pela NP uma delas com SAR D. Duarte de Bragança precisamente na UN, eis que dado o interesse do tema em volta dos chamados “populismos” se avança para a organização de uma palestra com o Prof. Dr. Jaime Nogueira Pinto, tendo para o efeito sido pedido um espaço na FCSH de Lisboa, que mereceu pela parte da AE interesse e autorização para a concretização do evento. Mas eis senão quando, uma RGA, com meia dúzia de pingarelhos, contesta a decisão tomada anteriormente e à revelia da vontade de 5mil alunos, exige ao director da faculdade, Francisco Caramelo, que cancele a mesma. Caramelo cedeu. Entendeu que os argumentos dos pidescos bloquistas que estiveram presentes na tal RGA, eram mais do que suficientes para o cancelamento. E o argumento, foi, dizem, falta de segurança. E a seguir inventam que a NP quis levar o seu próprio aparelho de segurança, como se…a NP tivesse um batalhão de gorilas como aqueles que encontramos à porta das discotecas, para dar no coiro aos alunos que se portassem mal! RIDICULO!
A leitura que faço é que estes energúmenos da AE nunca tiveram nada contra a NP, nem havia razão para ter e isso explica porque é que a autorização para a cedência do espaço fora inicialmente dada. Baseio o meu argumento no facto de, apesar de Francisco Caramelo vir dizer agora que não conhecia a NP, mente com todos os dentes, porque em datas anteriores a NP JÁ TINHA ORGANIZADO na FCSH outras palestras com outros intervenientes. E pasmem-se! Não houve em nenhum dos eventos qualquer reacção contra a NP. Então porque haveria agora? O motivo para o cancelamento também não foi o tema, pois essa informação foi imediatamente transmitida pelos responsáveis da NP por ocasião da solicitação da sala. Então o que terá motivado a corja de esquerda para exigirem o cancelamento? Jaime Nogueira Pinto. A continuação deste filme vislumbra-se facilmente. Como a coisa deu para o torto e teve a cobertura da imprensa, era preciso tentar remediar o erro para não ficar mal na fotografia. Só que já não era possível arrepiar caminho e então foi necessário arranjar uma boa justificação.
Começaram então com a “caça às bruxas”, vilipendiando páginas pessoais dos membros e venderam à comunicação social a ideia de que a NP é um grupo de extrema-direita, fascista, xenófobo, racista e outros predicados, tais como “salazarista”, ideia convenientemente coroada com a fotografia do Rafael Pinto Borges frente à campa de Salazar.
Urge agora, dissecar isto. Qual é o problema? Que raio de democracia é esta em que estamos a viver se não podemos livremente e abertamente mostrar a nossa admiração ou estima por esta ou aquela figura? Porque é que o Salazar se tornou tabu, e o facto de um jovem, estudante universitário, culto e inteligente, detentor de valores e princípios que não envergonham ninguém, assumir abertamente que vê na sua obra e na sua personalidade, vários exemplos a louvar, merece imediatamente o rótulo de fascista? E porque é que o Salazar é uma tão grande personificação de malignidade, que não pode um membro de um grupo admirá-lo, que logo transpõe essa admiração para todos os restantes membros do grupo? Na NP há quem não goste de Salazar, há quem prefira Cunhal ou Soares ou a abécula do Sócrates. E depois? Qual é o problema? O objectivo da NP não é, nunca foi, criar um clube de fãs a ninguém. Se voltarem ao início do texto, lerão que a NP tem membros de todos os países da lusofonia. Alguns até são negros, pasmem-se! Cai por terra a acusação de que a NP é racista, certo?
Volto ao tema Salazar, porque me parece a mim, que nesse caso, também eu sou fascista e salazarista. Deixo aqui alguns, poucos que o texto já vai longo, pormenores que fazem toda a diferença entre admirar-se um homem e venerar-se o diabo.
Contextualize-se o tempo de Salazar. Um tempo que também foi o de Franco, de Mussolini, de Hitler. Comparem-se os ditadores da época para que se perceba que tipo de ditador era Salazar. Fale-se do famoso Tarrafal onde morreram 32 pessoas, nenhuma delas por fuzilamento, mas sim por doença. Fale-se de Humberto Delgado, morto pela Pide. É bem capaz de ser a única morte a imputar directamente a Salazar e ainda assim é preciso dizê-lo, Delgado era um traidor. O que há mais a imputar a Salazar? Era um ditador? Era. Teria sido melhor não ter havido ditadura? Não sei. Podemos tentar fazer um exercício honesto de reflexão sobre o que teria sido Portugal naquele tempo se não houvesse Salazar. Facilmente se percebe que na época, se não fosse uma ditadura de Direita teríamos uma de esquerda. E então sim, teríamos graves problemas. A esquerda com o apoio da Rússia e a Alemanha Nazi em guerra com a Rússia. É só somar 2+2. O que seria melhor? Um país com fome ou um país com guerra? A forma como Salazar conduziu Portugal para fora do palco bélico não é de louvar? E a forma como conduziu as finanças tendo levado Portugal a um nível de PIB nunca mais alcançado? E a honestidade que nunca lhe deu a conhecer a riqueza? E a construção em série de escolas por todo o país o que permitiu que Portugal não continuasse a deter o vergonhoso número de 80 analfabetos por cada 100 cidadãos? Parece-me que isto chega para dizer que António de Oliveira Salazar não é o demónio que a esquerda insiste em pintar e que a direita tem vergonha de assumir que admira. No seu tempo, e é sempre nesta perspectiva que é preciso analisar, Salazar foi o homem certo para Portugal. Que se examine honestamente a sua actuação à luz do tempo em que viveu e que se observe agora a Nova Portugalidade, sem o tom negativo que muitos lhe querem associar, e também à luz deste tempo em que vivemos.