Wednesday 8 July 2015

Opinião da Rita



O que disse a escritora Rita Leston, sobre o Livro de Jade do Céu, no lançamento na FNAC?


(...) Pois bem, este livro apaixona-nos sempre um bocadinho mais ao longo de toda a história e enquanto a vamos percorrendo. A Ana consegue envolver-nos num misto de real e fantástico. Consegue dar-nos uma perspectiva quase histórica e cientifica de uma realidade que para a maioria de nós é desconhecida. Consegue, com toda a pesquisa que efectuou, com o tempo - confidenciou-me que demorou dois anos e meio a escrever o livro e a conseguir transpor para o leitor toda a informação que pretendia - conseguiu embrenhar-nos numa série de conhecimentos espirituais, correntes cientificas e fazer-nos aprender uma série de factos que, se assim não fosse, muitos de nós continuaríamos a desconhecer. Consegue com toda a sua história - e esta é para mim a melhor parte - fazer-nos pensar que uma série de conceitos que temos como aceites e definidos, podem não ser verdadeiros. Faz-nos colocar em causa convicções que temos dado como certas ao longo da vida, verdades que temos como adquiridas. Leva-nos a um mundo espiritual, sem nos querer convencer de novas teorias esotéricas. Mostra-nos a espiritualidade que temos nos nossos dias, aflora-nos a ciência e mistura-a com o amor que temos dentro de nós. Faz-nos ver o amor com outro pensar. Faz-nos questionar o nosso eu e o porquê de tantos conceitos que temos, e até que ponto aquilo em que sempre acreditámos é o correcto. Traz-nos uma história íntima de uma mulher real e do nosso tempo, envolvida no misticismo do amor profundo e longínquo de outras eras, permitindo que façamos essa viagem intemporal ao seu lado.


Transporta-nos para outro plano da imaginação. Faz-nos viajar entre uma história de amor real e uma viagem ao desconhecido. Deixa-nos a pensar que o amor não é, de todo, um acaso. Que aquele alguém a que nos sentimos efectivamente ligados não o é só por acaso. Que quando amamos - e o amor não se explica, sente-se - existe algo de maior por trás, algo que não sabemos e apenas sentimos. Algo que, apesar de não conhecermos, reconhecemos. Algo que se nos apresenta como novo, mas que quase parece conhecermos de cor. O amor, que nos chega de repente ou que vai entrando aos poucos, mas que já tínhamos dentro de nós. Amores que nos fazem levantar o "véu do esquecimento", mesmo que tentemos mantê-lo e nele não acreditar. Porque há amores que não são daqui. Que são de um outro qualquer sítio, tempo ou espaço. E são esses por que vale a pena lutar.

Quando pensamos que não será um livro fácil de ler, por todos os conceitos que tem associados, somos invadidos por uma vontade de seguir até ao fim, de querer saber o fim do triângulo amoroso desta história, de acompanhar a demanda de Luana, a protagonista, em busca do seu próprio eu. De ver a desconstrução de dogmas e certezas. De acompanhar a abertura da mente e a aceitação a novas verdades.

É um livro onde nos embrenhamos em romance, sexo, suspense e aventura e que nos faz viajar por lugares aqui tão perto como Lisboa ou Óbidos, ou que nos leva para as distantes Petra ou Budapeste.

A Ana traz-nos uma escrita intensa, sonhadora e espiritual. Mas que queremos tornar real. Faz com que queiramos que a nossa história se encaixe num plano superior. Faz com que tenhamos a certeza que o nosso amor não é daqui, que é de um outro plano ali mais acima.


É um livro que nos faz questionar, emocionar, sonhar. Faz-nos querer um amor assim.

Este é o primeiro livro publicado da Ana Cristina Pinto. Não tenho quaisquer dúvidas que outros se seguirão e que vamos continuar a ouvir falar dela.

Boa sorte, Ana. Este é o teu caminho. (...)


Rita Leston