Assim? Assim como?
Assim, despretensiosos e envolventes. Daqueles que começamos a ler sem as expectativas em alta, mas depois quando percebemos já fomos apanhados, enredados pelo texto, a intensidade da escrita, o desenrolar da história. Com livros destes, ao fim de meia dúzia de páginas já só queremos saber o que vai acontecer aos personagens, (neste caso ao personagem), como é que vai ser o dia seguinte, se a sua sorte vai mudar ou não, que rumo é que ele vai seguir até à última página. E se é justo. Sim, se é justo que o autor não lhe tenha dado outro caminho, outra vida que em tantos momentos se parece tanto com a nossa. Se é normal que aqueles pensamentos estejam ali naquelas páginas quando estiveram tantas vezes na nossa cabeça.
Efectivamente, eu gosto de ler livros assim. Pouco me importa se o autor é um best seller ou tem a apoiá-lo nas manobras de marketing uma grande editora. Importa apenas que o meu coração seja tocado e que,em muitos momentos do meu dia, quando estou ao serviço das minhas obrigações quotidianas, me apeteça interromper tudo e voltar para ele. Para o livro. Para saber só mais um bocadinho. Para saber tudo.
Fica aqui o convite para que desfrutem de uma história igual a tantas outras que conhecemos e que não vêm nos livros. Histórias tocantes de gente que tinha (tem) tanto para dar mas está impedido de o fazer. Porque lhe negam o direito à dignidade, o direito à vida e ao sonho.
Sonhos Roubados é uma história simples, despretensiosa e belíssima. Uma história que assume contornos diaristas, muitíssimo bem escrito por Pedro Santos Vaz, um autor que merecia ter o apoio de uma grande Editora nas manobras de marketing.
Leiam. Não se vão arrepender.