"Esta , (depois de todas as que eu costumo ler em relação à politica e aos políticos),é talvez das criticas mais injustas que me passam pelos olhos. É óbvio que quando olhamos para uma imagem destas temos que nos chocar e pensar que não há nada de divino na forma como a igreja se comporta perante o mundo. E não há, de facto. A igreja ao longo dos séculos tem cometido tantos erros que eu dificilmente poderia ver num Papa, alguém que é um representante de Deus. ( segundo a minha forma de olhar para Deus, claro.) Contudo, insisto naquilo que me parece de injustiça, ao criticarmos a tão falada opulência do Vaticano versus pobreza no mundo. De que tipo de opulência falamos nós afinal? Julgo que é preciso clarificar esta questão. Referimo-nos à Basílica de S. Pedro, e à Capela Sistina? Bom, se nos referimos a isso, então eu posso argumentar, que não é o papa que vive na opulência, porque o Papa não vive aí, o papa vai aí, como qualquer um de nós pode ir, e relembrar que esses edifícios maravilhosamente ornamentados, foram assim construídos para, em consonância com a tradição cristã, honrar a Deus com os melhores materiais que a terra tem. O ouro é dos nossos bens mais preciosos. Penso que é normal, querermos (acreditando nisso) honrar o altíssimo com o que de melhor somos capazes. Se me rebateres o argumento dizendo que : " ah, mas Deus lá quer saber do ouro, ele está-se nas tintas para esse tipo de honrarias", sou levada a concordar contigo, porque efectivamente me parece que Deus não está minimamente interessado em metais preciosos. Ainda assim, não posso afirmá-lo convictamente, sob pena de ser muita presunção minha acreditar que conheço a natureza de Deus. Resta-nos portanto, os cómodos que o papa ocupa e o espólio de arte que a igreja detém. Veremos primeiro os aposentos do papa. Se procurares no google ( e convido-te a fazê-lo), facilmente descobrirás que o homem, que além de líder espiritual dos católicos e também (tal como um presidente da republica) é Chefe de Estado do Vaticano, não ocupa aposentos propriamente exuberantes. Tem um quarto com paredes nuas, brancas, uma cama, uma cómoda e um roupeiro. Um ambiente até bastante austero, para quem alegadamente vive no luxo. Claro que não são móveis do IKEA, como... olha, como os meus, mas o meu quarto é muito mais giro. Não troco, obrigada. :P passemos então ao espólio de arte que a igreja vem coleccionando ao longo dos séculos. Já ouvi inclusivamente quem defenda que a igreja devia era vender toda a sua arte e fazer chegar esse dinheiro aos pobres. Peço-te que sejas pragmático em relação a isto: Supondo que a igreja vende a sua arte, acabará com a pobreza no mundo? Não, pois não? Não. Infelizmente a pobreza é um flagelo permanente que existe e continuará a existir independentemente do que uma igreja possa fazer para acabar com ela. A pobreza é um buraco sem fundo,que poderá ser menos fundo, se todos nós globalmente, fizermos alguma coisa quanto a isso. Existe até uma passagem curiosa na Bíblia, em que Judas acusa Tiago de estar a esbanjar um óleo raro para untar os pés de Cristo e lhe pergunta: Porque não vendes antes o óleo e matas a fome aos pobres? Ao que Jesus, terá respondido: Se eu vender o óleo, mato a fome de quantos pobres e por quanto tempo? Penso que a mensagem de certa forma é: apesar de ser necessário agir, ajudando quem é mais frágil, se nos desfizermos do que temos para dar, então também nós ficaremos tão frágeis quanto quem nos pede ajuda e o mundo não ganhará mais um rico, ao contrário: ganhará mais um pobre. Quem ganha com isso? Termino este comentário que já vai longo, (desculpa :P) lembrando apenas mais duas coisas: Uma, é que, apesar de tudo o que se possa dizer sobre a opulência do Vaticano, ainda é a igreja católica quem mais faz pelo pobres em todo o mundo. ( não chega , nós sabemos, mas pelo menos a igreja faz .) Não é por certo a IURD que faz, ou a protestante, ou o islamismo, o induismo, o judaísmo, blábláblá...é a Católica. relembro as missões, os médicos sem fronteiras, o investimento no ensino, as misericórdias. E outra é que, para quem gostar (obviamente) da comparação ao tão místico mundo budista, ( já vi que te dizes budista, não quero ferir-te), trazido para a nossa civilização ocidental através das novas concepções religiosas e filosóficas da New Age, meu amigo, recomendo vivamente que voltes a procurar na internet, o palácio de Potala em Lhasa no Tibete, e vê com os teus próprios olhos a magnificência , o luxo em que vivia Sua Santidade o Dalai Lama ( que eu muito admiro), antes de se exilar na Índia. Desse luxo, ninguém fala. E olha que estamos a falar de um líder espiritual que vivia sim, na opulência, quando os seus próprios conterrâneos vivia (e vive), na mais absoluta miséria. E agora só a título de curiosidade, caso não saibas, talvez gostes de saber que um dos rituais sagrados e muito apreciados pelos nossos amigos pacifistas budistas, é a entrega ao seu Dalai Lama, da pele de crianças pequenas, que são esfoladas vivas para o efeito. É, segundo eles dizem, um ritual de purificação para celebrar a chegada do seu novo líder. Enfim, já me alonguei demais. Depois disto tudo, cheguei a informar-te que não sou católica e que abomino qualquer tipo de religião? Não? Bom, já disse. "
Thursday 2 May 2013
Coisas do Facebook
O meu amigo Nuno Dagarman, publicou no mural dele,esta imagem, fazendo uma comparação, como tantas outras que já vi, entre a alegada opulência em que vive o Papa, e a pobreza no mundo. Não fiquei indiferente à indignação do Nuno, nem tão pouco à crueza da imagem e por isso, aqui fica o comentário que lhe fiz e que penso ser talvez, alvo de algumas criticas por parte de quem me lê. Mas peço que me leiam e vejam esta questão de uma forma um pouco mais assertiva, ou menos temperamental , se quiserem. É um exercício difícil, eu sei, mas, lá vai:
"Esta , (depois de todas as que eu costumo ler em relação à politica e aos políticos),é talvez das criticas mais injustas que me passam pelos olhos. É óbvio que quando olhamos para uma imagem destas temos que nos chocar e pensar que não há nada de divino na forma como a igreja se comporta perante o mundo. E não há, de facto. A igreja ao longo dos séculos tem cometido tantos erros que eu dificilmente poderia ver num Papa, alguém que é um representante de Deus. ( segundo a minha forma de olhar para Deus, claro.) Contudo, insisto naquilo que me parece de injustiça, ao criticarmos a tão falada opulência do Vaticano versus pobreza no mundo. De que tipo de opulência falamos nós afinal? Julgo que é preciso clarificar esta questão. Referimo-nos à Basílica de S. Pedro, e à Capela Sistina? Bom, se nos referimos a isso, então eu posso argumentar, que não é o papa que vive na opulência, porque o Papa não vive aí, o papa vai aí, como qualquer um de nós pode ir, e relembrar que esses edifícios maravilhosamente ornamentados, foram assim construídos para, em consonância com a tradição cristã, honrar a Deus com os melhores materiais que a terra tem. O ouro é dos nossos bens mais preciosos. Penso que é normal, querermos (acreditando nisso) honrar o altíssimo com o que de melhor somos capazes. Se me rebateres o argumento dizendo que : " ah, mas Deus lá quer saber do ouro, ele está-se nas tintas para esse tipo de honrarias", sou levada a concordar contigo, porque efectivamente me parece que Deus não está minimamente interessado em metais preciosos. Ainda assim, não posso afirmá-lo convictamente, sob pena de ser muita presunção minha acreditar que conheço a natureza de Deus. Resta-nos portanto, os cómodos que o papa ocupa e o espólio de arte que a igreja detém. Veremos primeiro os aposentos do papa. Se procurares no google ( e convido-te a fazê-lo), facilmente descobrirás que o homem, que além de líder espiritual dos católicos e também (tal como um presidente da republica) é Chefe de Estado do Vaticano, não ocupa aposentos propriamente exuberantes. Tem um quarto com paredes nuas, brancas, uma cama, uma cómoda e um roupeiro. Um ambiente até bastante austero, para quem alegadamente vive no luxo. Claro que não são móveis do IKEA, como... olha, como os meus, mas o meu quarto é muito mais giro. Não troco, obrigada. :P passemos então ao espólio de arte que a igreja vem coleccionando ao longo dos séculos. Já ouvi inclusivamente quem defenda que a igreja devia era vender toda a sua arte e fazer chegar esse dinheiro aos pobres. Peço-te que sejas pragmático em relação a isto: Supondo que a igreja vende a sua arte, acabará com a pobreza no mundo? Não, pois não? Não. Infelizmente a pobreza é um flagelo permanente que existe e continuará a existir independentemente do que uma igreja possa fazer para acabar com ela. A pobreza é um buraco sem fundo,que poderá ser menos fundo, se todos nós globalmente, fizermos alguma coisa quanto a isso. Existe até uma passagem curiosa na Bíblia, em que Judas acusa Tiago de estar a esbanjar um óleo raro para untar os pés de Cristo e lhe pergunta: Porque não vendes antes o óleo e matas a fome aos pobres? Ao que Jesus, terá respondido: Se eu vender o óleo, mato a fome de quantos pobres e por quanto tempo? Penso que a mensagem de certa forma é: apesar de ser necessário agir, ajudando quem é mais frágil, se nos desfizermos do que temos para dar, então também nós ficaremos tão frágeis quanto quem nos pede ajuda e o mundo não ganhará mais um rico, ao contrário: ganhará mais um pobre. Quem ganha com isso? Termino este comentário que já vai longo, (desculpa :P) lembrando apenas mais duas coisas: Uma, é que, apesar de tudo o que se possa dizer sobre a opulência do Vaticano, ainda é a igreja católica quem mais faz pelo pobres em todo o mundo. ( não chega , nós sabemos, mas pelo menos a igreja faz .) Não é por certo a IURD que faz, ou a protestante, ou o islamismo, o induismo, o judaísmo, blábláblá...é a Católica. relembro as missões, os médicos sem fronteiras, o investimento no ensino, as misericórdias. E outra é que, para quem gostar (obviamente) da comparação ao tão místico mundo budista, ( já vi que te dizes budista, não quero ferir-te), trazido para a nossa civilização ocidental através das novas concepções religiosas e filosóficas da New Age, meu amigo, recomendo vivamente que voltes a procurar na internet, o palácio de Potala em Lhasa no Tibete, e vê com os teus próprios olhos a magnificência , o luxo em que vivia Sua Santidade o Dalai Lama ( que eu muito admiro), antes de se exilar na Índia. Desse luxo, ninguém fala. E olha que estamos a falar de um líder espiritual que vivia sim, na opulência, quando os seus próprios conterrâneos vivia (e vive), na mais absoluta miséria. E agora só a título de curiosidade, caso não saibas, talvez gostes de saber que um dos rituais sagrados e muito apreciados pelos nossos amigos pacifistas budistas, é a entrega ao seu Dalai Lama, da pele de crianças pequenas, que são esfoladas vivas para o efeito. É, segundo eles dizem, um ritual de purificação para celebrar a chegada do seu novo líder. Enfim, já me alonguei demais. Depois disto tudo, cheguei a informar-te que não sou católica e que abomino qualquer tipo de religião? Não? Bom, já disse. "
"Esta , (depois de todas as que eu costumo ler em relação à politica e aos políticos),é talvez das criticas mais injustas que me passam pelos olhos. É óbvio que quando olhamos para uma imagem destas temos que nos chocar e pensar que não há nada de divino na forma como a igreja se comporta perante o mundo. E não há, de facto. A igreja ao longo dos séculos tem cometido tantos erros que eu dificilmente poderia ver num Papa, alguém que é um representante de Deus. ( segundo a minha forma de olhar para Deus, claro.) Contudo, insisto naquilo que me parece de injustiça, ao criticarmos a tão falada opulência do Vaticano versus pobreza no mundo. De que tipo de opulência falamos nós afinal? Julgo que é preciso clarificar esta questão. Referimo-nos à Basílica de S. Pedro, e à Capela Sistina? Bom, se nos referimos a isso, então eu posso argumentar, que não é o papa que vive na opulência, porque o Papa não vive aí, o papa vai aí, como qualquer um de nós pode ir, e relembrar que esses edifícios maravilhosamente ornamentados, foram assim construídos para, em consonância com a tradição cristã, honrar a Deus com os melhores materiais que a terra tem. O ouro é dos nossos bens mais preciosos. Penso que é normal, querermos (acreditando nisso) honrar o altíssimo com o que de melhor somos capazes. Se me rebateres o argumento dizendo que : " ah, mas Deus lá quer saber do ouro, ele está-se nas tintas para esse tipo de honrarias", sou levada a concordar contigo, porque efectivamente me parece que Deus não está minimamente interessado em metais preciosos. Ainda assim, não posso afirmá-lo convictamente, sob pena de ser muita presunção minha acreditar que conheço a natureza de Deus. Resta-nos portanto, os cómodos que o papa ocupa e o espólio de arte que a igreja detém. Veremos primeiro os aposentos do papa. Se procurares no google ( e convido-te a fazê-lo), facilmente descobrirás que o homem, que além de líder espiritual dos católicos e também (tal como um presidente da republica) é Chefe de Estado do Vaticano, não ocupa aposentos propriamente exuberantes. Tem um quarto com paredes nuas, brancas, uma cama, uma cómoda e um roupeiro. Um ambiente até bastante austero, para quem alegadamente vive no luxo. Claro que não são móveis do IKEA, como... olha, como os meus, mas o meu quarto é muito mais giro. Não troco, obrigada. :P passemos então ao espólio de arte que a igreja vem coleccionando ao longo dos séculos. Já ouvi inclusivamente quem defenda que a igreja devia era vender toda a sua arte e fazer chegar esse dinheiro aos pobres. Peço-te que sejas pragmático em relação a isto: Supondo que a igreja vende a sua arte, acabará com a pobreza no mundo? Não, pois não? Não. Infelizmente a pobreza é um flagelo permanente que existe e continuará a existir independentemente do que uma igreja possa fazer para acabar com ela. A pobreza é um buraco sem fundo,que poderá ser menos fundo, se todos nós globalmente, fizermos alguma coisa quanto a isso. Existe até uma passagem curiosa na Bíblia, em que Judas acusa Tiago de estar a esbanjar um óleo raro para untar os pés de Cristo e lhe pergunta: Porque não vendes antes o óleo e matas a fome aos pobres? Ao que Jesus, terá respondido: Se eu vender o óleo, mato a fome de quantos pobres e por quanto tempo? Penso que a mensagem de certa forma é: apesar de ser necessário agir, ajudando quem é mais frágil, se nos desfizermos do que temos para dar, então também nós ficaremos tão frágeis quanto quem nos pede ajuda e o mundo não ganhará mais um rico, ao contrário: ganhará mais um pobre. Quem ganha com isso? Termino este comentário que já vai longo, (desculpa :P) lembrando apenas mais duas coisas: Uma, é que, apesar de tudo o que se possa dizer sobre a opulência do Vaticano, ainda é a igreja católica quem mais faz pelo pobres em todo o mundo. ( não chega , nós sabemos, mas pelo menos a igreja faz .) Não é por certo a IURD que faz, ou a protestante, ou o islamismo, o induismo, o judaísmo, blábláblá...é a Católica. relembro as missões, os médicos sem fronteiras, o investimento no ensino, as misericórdias. E outra é que, para quem gostar (obviamente) da comparação ao tão místico mundo budista, ( já vi que te dizes budista, não quero ferir-te), trazido para a nossa civilização ocidental através das novas concepções religiosas e filosóficas da New Age, meu amigo, recomendo vivamente que voltes a procurar na internet, o palácio de Potala em Lhasa no Tibete, e vê com os teus próprios olhos a magnificência , o luxo em que vivia Sua Santidade o Dalai Lama ( que eu muito admiro), antes de se exilar na Índia. Desse luxo, ninguém fala. E olha que estamos a falar de um líder espiritual que vivia sim, na opulência, quando os seus próprios conterrâneos vivia (e vive), na mais absoluta miséria. E agora só a título de curiosidade, caso não saibas, talvez gostes de saber que um dos rituais sagrados e muito apreciados pelos nossos amigos pacifistas budistas, é a entrega ao seu Dalai Lama, da pele de crianças pequenas, que são esfoladas vivas para o efeito. É, segundo eles dizem, um ritual de purificação para celebrar a chegada do seu novo líder. Enfim, já me alonguei demais. Depois disto tudo, cheguei a informar-te que não sou católica e que abomino qualquer tipo de religião? Não? Bom, já disse. "