Começo por dizer-te Obrigada.
Obrigada por não seres exactamente como eu te idealizei em sonhos. Fascina-me constatar que és única, diferente e muito, muito melhor que qualquer sonho.
Tenho escrita no meu coração, uma longa lista das coisas que deveria ter feito contigo e para ti, e não fiz. Às vezes pergunto-me se no teu coração haverá alguma pequena lista das coisas que sim, fiz.
As receitas para a felicidade costumam ser muito simples: ri muito (inclusive de ti própria, acima de tudo de ti própria) e ama muito. Ama os teus amigos, o teu trabalho, (faz um trabalho que ames, para que nunca tenhas que trabalhar), ama a natureza que te sustenta e te rodeia, ama a quem te fizer "objecto" do seu amor e partilha a tua vida com quem achares digno dessa partilha. Respeita o teu corpo. O teu corpo é um templo, não um terminal de autocarros. Num templo entra quem vem para adoração. Ao terminal, vai apenas quem está de passagem.
Desejo que encontres o amor firme, profundo e quotidiano de um homem íntegro e que o vivas para o resto da vida. Mas também desejo que nem que seja por uma só vez, experimentes a loucura, a paixão total e esmagadora, que a vivas plenamente e a deixes ir depois.
Quando quiseres correr atrás do arco-íris, fá-lo. Mas aproveita cada troço do caminho que te leva até lá.
Lembra-te que a mais audaz, a mais altruísta das intenções não vale a mais pequenina das acções. Por isso, mesmo que não consigas fazer o melhor, faz alguma coisa.
Nada me ensinou tanto como ensinar-te a ti. A meio de um qualquer sermão que te pregava, vi com clareza as minhas próprias falhas e tentei dar uma reviravolta à minha vida.
E por isso, pelo amor, pelos nossos 6.570 dias, Obrigada!